Neste domingo, 6 de outubro, Guilherme Boulos, candidato do PSOL, garantiu uma vaga no segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo. Com 29,06% dos votos válidos, ele enfrentará Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, que obteve 29,49% dos votos, em uma disputa que se desenrolou de forma acirrada até o último momento. A diferença entre os dois candidatos foi de apenas cerca de 30 mil votos, um retrato da intensa polarização que marcou o primeiro turno.

Boulos, que conquistou mais de 1,7 milhão de votos, foi enfático ao agradecer aos eleitores pela confiança e se comprometeu com uma campanha focada na mudança. “Agora, são dois caminhos: quem quer que a cidade fique como está, que concorda com Nunes; e quem quer mudança vem comigo”, declarou Boulos, destacando a ex-prefeita Marta Suplicy como sua principal aliada nesta nova fase da campanha.

A confirmação do segundo turno só veio às 21h07, com 99,52% das urnas apuradas, deixando o resultado incerto até os minutos finais. O terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), que ficou com 28,14% dos votos, protagonizou polêmicas ao divulgar um laudo falso contra Boulos, mas isso não foi suficiente para avançar.

Durante a coletiva, Boulos reforçou sua mensagem para o segundo turno, destacando que a maioria dos paulistanos votou por mudança e que sua campanha continuará a dialogar com aqueles que ainda estão indecisos. “Quero dialogar com aqueles e aquelas que não votaram na gente no primeiro turno. A enorme maioria do povo de São Paulo votou pela mudança”, afirmou.

O apoio à candidatura de Boulos começa a se consolidar, com Tabata Amaral (PSB), que ficou em quarto lugar, anunciando publicamente seu voto no líder do PSOL. Apesar de enfatizar as diferenças de projeto, Tabata se posicionou contrária a Nunes, marcando seu apoio à proposta de mudança representada por Boulos.

Agora, a cidade de São Paulo se prepara para um segundo turno decisivo, marcado para o dia 27 de outubro. Boulos, conhecido por seu ativismo social e sua postura combativa, enfrentará o desafio de ampliar sua base de apoio e conquistar o voto daqueles que buscam uma alternativa progressista para a maior cidade do país.