A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciou que, a partir de 2025, implementará um sistema de cotas para pessoas com deficiência (PCD) em seus cursos de graduação. A medida pioneira entre as universidades estaduais de São Paulo destinará até 5% das vagas de cada curso para esses estudantes, com uma ou duas vagas por curso, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A decisão marca um avanço significativo na inclusão de PCDs no ensino superior, seguindo diretrizes já adotadas em universidades federais.

Para garantir a legitimidade do processo, os candidatos deverão informar o tipo de deficiência e apresentar documentos médicos durante a inscrição. A avaliação será feita por uma junta de especialistas da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), que revisará os laudos por meio de uma abordagem biopsicossocial, assegurando que os estudantes qualificados tenham acesso às vagas de maneira justa.

A iniciativa foi amplamente comemorada pela comunidade acadêmica. A decisão do Conselho Universitário (Consu), que aprovou a medida por unanimidade, reforça o compromisso da instituição com a inclusão e diversidade. Maria Luiza Moretti, reitora em exercício, destacou a importância da política de cotas para fortalecer a Unicamp como um espaço mais inclusivo, garantindo que a universidade está pronta para enfrentar os desafios que surgirem.