A Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução nesta quarta-feira (18) exigindo que Israel encerre sua “presença ilegal no Território Palestino Ocupado” dentro de 12 meses. O documento recebeu 124 votos a favor, enquanto 43 países se abstiveram, e Israel, Estados Unidos e outras 12 nações votaram contra. Embora não vinculativa, a resolução carrega peso político, destacando o isolamento diplomático de Israel às vésperas da reunião anual da ONU.

A resolução faz referência a uma opinião consultiva emitida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) em julho, que considera ilegal a ocupação e os assentamentos israelenses nos territórios palestinos. Apesar de não vinculativa, essa opinião reforça o posicionamento sob a lei internacional, aumentando a pressão sobre Israel. O texto também estabelece um prazo de 12 meses para o término da ocupação.

O documento pede que os países cessem a importação de produtos provenientes de assentamentos israelenses e interrompam o fornecimento de armas a Israel quando houver suspeitas de que possam ser usadas nos territórios ocupados. Esta é a primeira resolução formalmente apresentada pela Autoridade Palestina desde que ganhou novos direitos na ONU, como o de propor projetos de resolução.

A proposta foi criticada por Israel e seus aliados. A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu votos contrários à resolução, destacando a defesa da Solução de Dois Estados. Israel também condenou a Assembleia por não abordar os ataques do Hamas e considerou o texto como uma forma de “terrorismo diplomático”, conforme dito pelo embaixador Danny Danon.