Incêndio ameaça patrimônio arqueológico e ambiental em Minas Gerais
Esses incêndios não só destroem áreas naturais, mas também afetam diretamente a qualidade de vida das pessoas nas cidades próximas
Há mais de uma semana, o Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, em Andrelândia (MG), enfrenta um incêndio que já ameaça seu importante patrimônio histórico e ambiental. O parque abriga cerca de 500 pinturas rupestres, além de várias espécies de animais típicos da Mata Atlântica, como mamíferos, aves e répteis. A área atingida pelo fogo ainda não foi confirmada pelas autoridades, assim como os danos diretos às pinturas rupestres, deixando em alerta tanto ambientalistas quanto arqueólogos.
Equipes do Corpo de Bombeiros estão atuando no local com 13 militares e o apoio de um helicóptero, tentando controlar as chamas em áreas de difícil acesso. Até o momento, o fogo continua se espalhando, e as condições de vento e seca na região dificultam o trabalho de contenção. O impacto ambiental já é evidente, com a destruição de vegetação nativa e o risco iminente à fauna que habita o parque.
O parque, com 11 hectares de área (o equivalente a 12 campos de futebol), é um local de grande relevância histórica, com um paredão de 500 metros onde estão as pinturas rupestres. Além disso, é uma área de refúgio para várias espécies da fauna e flora local, já ameaçadas pela perda de habitat. A propagação das chamas coloca em risco esse equilíbrio ecológico e a preservação do patrimônio arqueológico, que atrai estudiosos e turistas.
Além de Andrelândia, outros focos de incêndio têm sido registrados em Minas Gerais, com impactos em áreas urbanas e rurais. Em Juiz de Fora, por exemplo, uma escola teve que suspender aulas devido à densa fumaça provocada por incêndios na vegetação, o que mostra a gravidade da situação no estado. Esses incêndios não só destroem áreas naturais, mas também afetam diretamente a qualidade de vida das pessoas nas cidades próximas.