São Paulo enfrenta uma grave crise climática, com a cidade tomada por uma espessa camada de fumaça proveniente das queimadas na Amazônia. O fenômeno, que gerou um céu avermelhado e baixa visibilidade, é resultado da fumaça que percorreu longas distâncias desde as florestas do Norte até a capital paulista, passando por um trajeto atmosférico complexo que inclui os Andes e o Paraguai.

De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), a nuvem de fumaça de grandes altitudes está afetando significativamente a qualidade do ar em São Paulo. A visibilidade na cidade foi reduzida para apenas 5 km, comparada aos 15 km habituais em dias claros. A situação, apesar de não ter causado uma poluição atmosférica intensa, reflete a gravidade do impacto da fumaça amazônica.

Imagens de satélite da NASA revelaram que a fumaça tem origem principalmente no Sul do Pará e na Bolívia, regiões com alta incidência de queimadas. O mês de agosto registrou o maior volume de incêndios no Brasil desde 2010, conforme dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indicando um aumento significativo no número de focos de incêndio.

A CETESB observou que a qualidade do ar nos bairros de São Paulo está comprometida, com níveis de material particulado classificados como “muito ruins”. A baixa umidade relativa do ar e a estiagem persistente estão exacerbando a situação, com temperaturas 5°C acima da média para a época.

*Com informações de O Globo