A seca severa e o aumento expressivo das queimadas têm impactado profundamente várias regiões do Brasil, afetando a saúde da população e alterando a rotina de cidades em todo o país. A situação, que já era crítica em diversos estados, se agravou ainda mais nas últimas semanas com o avanço da estiagem e a propagação de incêndios florestais.

Em Rondônia, a situação chegou a um ponto em que o governo decidiu cancelar o tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro. A medida foi tomada como precaução diante dos riscos à saúde causados pela alta concentração de fumaça que cobre o estado. A densa névoa, formada pelas queimadas, tornou o ar praticamente irrespirável em várias áreas, colocando em risco especialmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.

Além disso, a falta de visibilidade provocada pela fumaça tem afetado o transporte aéreo na capital, Porto Velho. Nos últimos quatro dias, seis voos foram cancelados devido à baixa visibilidade, com a madrugada de hoje registrando mais um dia de operações interrompidas. O aeroporto local tem enfrentado dificuldades para manter os voos em segurança, uma vez que a densa camada de fumaça impede a operação normal das aeronaves.

Mato Grosso, outro estado fortemente afetado pela seca e pelas queimadas, decretou situação de emergência por 180 dias. A medida visa agilizar as ações de combate ao fogo, permitindo que o governo adquira materiais e equipamentos de forma mais rápida, sem a necessidade de processos licitatórios. Com o estado de emergência, espera-se que os esforços para controlar as chamas sejam intensificados, embora as previsões climáticas não indiquem uma melhoria significativa no curto prazo.

Essas condições adversas não só prejudicam a saúde da população, que sofre com problemas respiratórios e outras complicações, como também geram um impacto econômico significativo.