Por Nathália Shizuka

Em 5 de agosto de 2019, uma das mais importantes figuras da literatura norte-americana nos deixou. Toni Morrison, nascida Chloe Anthony Wofford em 1931, em Lorain, Ohio, cresceu em uma comunidade operária e foi imersa em histórias e canções afro-americanas que moldaram sua sensibilidade literária. Formada em inglês pela Howard University e com um mestrado pela Cornell University, ela iniciou sua carreira como editora na Random House, onde desempenhou um papel crucial na promoção de autores negros emergentes.

Seu primeiro romance, “The Bluest Eye” (O Olho Mais Azul), publicado em 1970, introduziu ao mundo seu talento para abordar temas como identidade racial e a busca pela aceitação. A obra conta o drama de uma jovem negra obcecada pela beleza branca, que se martiriza por não ter olhos azuis. Com “Beloved”, de 1987, Morrison alcançou um novo patamar, ganhando o Prêmio Pulitzer de Ficção. O romance, que explora as consequências da escravidão, é amplamente considerado um dos grandes trabalhos literários do século XX.

Em 1993, Morrison fez história ao se tornar a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. O comitê do Nobel destacou sua escrita visionária e sua habilidade em capturar aspectos essenciais da realidade americana.

Além de sua carreira literária, Morrison foi uma respeitada acadêmica, lecionando em instituições renomadas como a Universidade de Princeton. Celebramos a vida, a arte e o legado de Toni Morisson.