Por: Julia Moreira

Das 205 delegações que desfilaram pelas águas do Rio Sena na última sexta-feira (26), quatro são compostas por apenas um atleta nas Olimpíadas de Paris. Os representantes de Belize, Nauru e Somália competirão nas categorias de atletismo, enquanto o de Liechtenstein compete no ciclismo. 

O representante de Liechtenstein, Romano Püntener, de 20 anos, participa de sua primeira olimpíada na categoria de ciclismo de montanha. Em 2023, o jovem atleta conquistou o 23º lugar no Campeonato Europeu Sub-23. Entre suas conquistas, estão quatro campeonatos nacionais. Disputando na mesma categoria do brasileiro Ulan Bastos Galinski, o ciclista estreia na segunda-feira (29).

Estreante nas Olimpíadas de Tóquio, Ali Idow Hassan representou a Somália no atletismo, na categoria 800m rasos, e chegou às Olimpíadas de Paris para disputar novamente. Em 2023, competindo nos 1500 metros rasos, o atleta de 26 anos conquistou a medalha de bronze no Campeonato Árabe de Atletismo. Sua estreia será na quarta-feira (7).

Foto: Reprodução Instagram

O representante de Belize, Shaun Gill, desfilou como porta-bandeira na companhia de Cojac Smith, presidente da Associação de Atletismo de Belize (AAB), e de Giovanni Alamilla, chefe da delegação de Belize. O velocista participa de sua segunda olimpíada como o único homem a representar o país. Em Tóquio, ele compartilhou a representatividade com Samantha Dirks.

Também competidor no atletismo, Winzar Kakiouea, o representante de Nauru, que é um dos menores países do mundo, compete na mesma categoria de Gill. A estreia de ambos será no próximo sábado (2). quando acontecem as preliminares dos 100m rasos masculinos.

As menores delegações

Além desses quatro países, outras delegações são pouco representadas. Com somente dois atletas em Paris, compõem o ranking os países Andorra, Ilhas Cook, Ilhas Salomão, Mauritânia, Mianmar, Samoa Americana e Tuvalu. Já as delegações com três representantes são as de Brunei, Butão, Camboja, Chade, Essuatíni, Micronésia, Guiné Equatorial, Quiribati, Lesoto, Malawi, Palau, São Cristovão e Nevis, São Tomé e Príncipe, e Seicheles.

A participação desses países nos jogos olimpícos é possível graças às vagas de universalidade. Essas vagas funcionam como cotas para países que enviaram menos de oito atletas nas Olimpíadas anteriores para que, assim, possam continuar presentes no maior evento esportivo do mundo. Para que o atleta participe da Olimpíada, os Comitês Olímpicos Nacionais devem selecionar atletas para a submissão ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que define os critérios de aceitação em cada modalidade. 

Nas Olimpíadas de 2024, os Comitês Nacionais de 93 países estavam elegíveis a vagas de universalidade na competição. A maioria dos Comitês eram do continente africano, que somou 35 países elegíveis para as vagas.