31º Festival de Cinema de Vitória exalta a pluralidade da produção capixaba e nacional
Confira os destaques da programação do evento, que aconteceu de 20 a 25 de julho
Por Lilianna Bernartt
“O Brasil são muitos ‘Brasis’ e Espírito Santo são muitos Espíritos Santos”.
A frase, dita pelo diretor Erly Vieira Jr. em entrevista à Cine Ninja no primeiro dia do Festival de Cinema de Vitória sintetiza a potência e pluralidade do cenário cinematográfico Capixaba. Essa ebulição foi exaltada durante esta 31ª edição do Festival.
A primeira noite foi marcada pela potencialidade dessas obras. A noite começou com 13ª Mostra Foco Capixaba. O curta-metragem ” T-Rex e a Pedra Lascada”, do diretor Luã Ériclis utiliza o cinema como ferramenta em sua potencialidade. O diretor, formado em biologia, implica seu conhecimento no que diz respeito à área vegetativa do seu entorno e correlaciona a história das gameleiras e sua importância histórica à ancestralidade de corpes negros. No debate do filme, o diretor comentou que o filme “é uma carta para o futuro”. Com uma estética apurada, que foge da gratuidade, Luã atinge uma obra que expande seu próprio centro.
O segundo curta-metragem exibido na noite, animação “Fala, Vô”, do estreante Felipe Risallah aborda a relação de uma criança com seu avô durante o período de pandemia. Interessante observar a presença cada vez mais marcante das animações em circuitos de Festivais de cinema, para além da especificidade da produção. Ainda que não haja qualquer relação ou obrigatoriedade no sentido da intersecção de temas/formas/obras, o filme interage bem com os demais da seleção, levando o afeto como meio e fim do exercício da coletividade.
O curta metragem “Mulheres Maratimbas“, da cineasta Thais Helena Leite traz luz à exploração de mão de obra durante a extração de areia monazítica. A cineasta atravessa o “patrimônio patriarcal” exercido no local para colocar em foco o ponto de vista feminino, muito bem representado pelas cinco senhoras que vivem na vila de pescadores artesanais, localizada próxima à lagoa de Maembá. Elas aprofundam o assunto de forma analítica e pessoal, fazendo com que a questão transite na via da instrução/conhecimento/crítica.
Fechando com chave de ouro a primeira noite de Curtas metragens, o curta “O Caboclo do Sapê” de Ricardo Sá, acompanha o caboclo sapezeiro Antônio Rodrigues e sua luta pela reconversão das terras degradadas por eucalipto em Sapê do Norte.
Antônio é uma figura notável, que impressiona, pela simpatia, pela fala e por sua história. Junto com outros quilombolas, Antônio trata e recupera a terra para que se torne agricultável novamente. Enquanto o faz, ele conta um pouco de sua própria história, origem e planejamento para o futuro. O curta é um exemplo de documentário em que o objeto transcende ao filme; a figura de Antônio é engrenagem motora para o funcionamento da proposta, que emociona e deixa o espectador ávido por acompanhar mais dessa história.
Por fim, o diretor Erly Vieira Jr. fechou a primeira noite de Festival com a apresentação do longa -metragem “Presença“. O Longa foi o responsável por abrir a 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. Através da imersão no trabalho de três artistas das artes performáticas, Erly questiona as múltiplas formas de presentificação e inserção pessoal em meio ao coletivo.
Na segunda noite de Festival (21 de julho), teve início a 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, que impactou o público presente na sala do Sesc Glória. O Festival de Cinema de Vitória é um espaço de muito acalento para a produção de curtas metragens, uma vez que o Festival em si começou originalmente como um Festival de curtas-metragens.
“Saudades em cor” curta-metragem de animação dirigido por Arthur Felipe Fiel foi o responsável pela abertura da Mostra. O filme aborda um garoto lidando com o falecimento de seu avô durante a pandemia. O curta metragem comunica não só em temática com o curta metragem “Fala, Vô!, exibido no primeiro dia, mas também pelo fato de ambos os realizadores possuírem uma conexão de aprendizado, já que Arthur Felipe Fiel foi professor de Felipe Risallah.
“Quinze quase dezesseis“, curta-metragem dirigido por Thais Fuginaga, traz uma adolescente que, em meio a sua proliferação artística e existencial, é abusada em seu colégio. O filme equilibra a assertividade necessária ao assunto com a delicadeza da juventude, através da proposição de novos planos, enquadramentos e tempos que garantem sensibilidade à história.
“Samuel foi trabalhar”, dos diretores Janderson Felipe e Lucas Litrento discute a precarização do trabalho em uma juventude educada sob a máxima do “faça você mesmo”. O filme expande a questão para tratar sobre como essa pressão incide acerca dos corpos negros.
O último curta da noite, “Se eu tô por aqui, é por mistério”, de Clari Ribeiro, trouxe ao público uma história futurista, que trabalha o fantástico e ficção científica. Em futuro em que pessoas são trans-bruxas, a travesti Dahila procura formar um clã. Com nomes como Zezé Motta, Helena Ignez e Bruna Linzmeyer no elenco, o filme propõe uma nova forma de narrativa acerca da comunidade trans.
O longa-metragem do segundo dia, concorrente da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas foi “Não existe almoço Grátis”, dos diretores Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel. O filme acompanha os momentos de transição governamental, pré- posse do Presidente Lula. Situado em Brasília, o Longa traz a intimidade das cozinhas solidárias, ação criava pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Acompanhamos Socorro, Jurailde e Bizza, três mulheres que lideram uma das Cozinhas solidárias do movimento e que estão encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que chegarão para a posse. A direção consegue transmitir a intimidade, tanto de suas personagens principais, quanto da organização do projeto em si, sem a manipulação de filtros entre espectador e ação, o que garante a conexão imediata, bem como a humanização das personagens, colaborando para a desmistificação de crenças equivocadas com relação aos movimentos populares.
Fora a programação principal do evento para o segundo dia, na parte da tarde ainda aconteceram quatro mostras paralelas interessantíssimas de curtas- metragens: A 14ª Mostra Quatro Estações, focada em produções LGBTQIA+, apresentou quatro curtas metragens: “Quando você vem me visitar”, de Henrique Arruda; “Ficção suburbana”, de Rossandra Leone; “Onde está Mymye Mastroiagnne?”, de Biarritzzz e “Pirenopolynda”, de Izzi Vitória, Bruno Victor e Tita Maravilha.
Essa Mostra trouxe uma curadoria interessante, com dois filmes experimentais mais um documentário que fogem de qualquer padronagem estética, trazendo um frescor interessante.
A 9ª Mostra Mulheres no Cinema trouxe quatro curtas metragens: “Maré Braba”, de Pamela Peregrino; “Aquela Mulher”, de Cristina Lago e Marina Erlanger; “Uma Mulher Comum”, de Débora Diniz e ” A Velhice ilumina o Vento”, de Juliana Segóvia. A mostra trouxe uma curadoria diversa no que diz respeito às narrativas, que focam as complexidades humanas e problemáticas, com histórias contadas sob a ótica feminina.
A 6ª Mostra do Outro Lado – Cinema fantástico apresentou três curtas metragens: “Do Observatório me viram”, de Thaís Silva e Giovanna Giovanini; “Arapuca”, de Joel Caetano e a animação “Curacanga”, de Mateus Di Mambro.
A mostra trouxe filmes que se utilizam da potencialidade do cinema de gênero para trazer propor discussões acerca de questões existenciais e geracionais. discutem questões existenciais e geracionais.
A 9ª Mostra Cinema e Negritude apresentou cinco curtas metragens que ecoam a ancestralidade e territorialidade. “Baobab”, de Bea Gerolin, traz uma troca entre avó e neta acerca de raízes genealógicas; o curta metragem baiano “Jussara”, de Camila Cordeiro traz a contadora de histórias Jussara, que um dia resolve, ao invés de contar histórias, vivê-las; o curta metragem “O lado de fora fica aqui dentro”, de Larissa Barbosa, traz o fantástico como ferramenta para proposição de discursos não hegemônicos; “Escavação”, de Alex Reis surge da relação entre o artista e uma região do Rio de Janeiro. Por fim, “Pedagogias da Navalha | Se a palavra é um feitiço, minha língua é uma encruzilhada”, de Colle Christine, Alma Flora e Tiana Santos une a ancestralidade do candomblé, religião de matriz africana, com o pertencimento de corpos trans, desmistificando estigmas marginalizados e dando voz à personagens trans.
Com o avanço do festival, a sensação de co-relação entre os filmes apresentados passou a permear o ar por alguns momentos.
Na segunda-feira, 22 de julho, segunda noite da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, foram apresentados quatro curtas metragens: “Eu fui assistente do Eduardo Coutinho”, de Allan Ribeiro. O filme, premiado em outros Festivais, estabelece um interessantíssimo jogo entre as linguagens da obra de Eduardo Coutinho e a autoralidade da obra de Allan Ribeiro, o diretor. Como resultado, temos um curta metragem que, ao focar em seu objeto, consegue transpassar o mesmo de forma original, garantindo, por fim, uma grande homenagem a um dos maiores nome do nosso cinema nacional.
“Viventes”, de Fabrício Basílio, coloca em discussão a precarização do mercado de trabalho e a posição dos jovens negros neste contexto. O diretor usa e abusa do fantástico como ferramenta para estabelecimento de sua crítica. Ainda que se apresente semelhanças a outro curta metragem da mesma Mostra –“Samuel foi trabalhar” – o filme de Basílio consegue manter sua originalidade, apostando no fantasmagórico como forma de discussão da ancestralidade de uma opressão e inviabilização social.
“Zagêro”, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, questiona a normatividade versus a inclusão, o pertencimento “vitrine” de corpos diversos, cuja relação com a sociedade é permeada pelo capacitismo. Tendo como ponto de partida um hospício, os diretores brilhantemente constroem um personagem que transita pelas camadas da complexidade e dualidade humana, contraponto dois lados de uma balança recorrente à qual as pessoas com deficiência são reduzidas costumeiramente: o coitadinho ou o exemplo de superação. De forma original, utiliza a metalinguística como ferramenta pra questionamentos cirúrgicos, fazendo com que o público inclusive questione seu próprio riso em muitos momentos.
A mostra de curtas da noite foi encerrada por “Travessia”, de Karol Felício. A diretora, que é fotógrafa de parto, traz às telas o movimento de procura de mulheres indígenas grávidas por hospitais e novos meios de parto. O filme procura tensionar a decisão de procura por métodos colonizados em prol da cultura original.
A noite de segunda-feira foi encerrada pelo longa-metragem baiano “Café, Pepi e Limão”, dos diretores Adler Kibe Paz e Pedro Léo. O filme conta a história de três crianças que dão nome ao título do filme, inseridas na opressão periférica. Confira a crítica do filme.
Fora a programação principal, na segunda-feira, ainda aconteceu a 7ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental, mostra paralela que apresentou quatro filmes focados na preservação do meio ambiente. “A Fumaça e o diamante”, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida mostra a VIII Assembleia da Associação Hutukara, que aconteceu na aldeia Catrimani (terra indígena Yanomami), dias após o impeachment de Dilma Rousseff.
“Elizabeth”, de Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolau, mergulha na história de Elizabeth Altino Teixeira, trabalhadora rural e Ativista brasileira, que participou do grande filme do cineasta Eduardo Coutinho, ‘Cabra Marcado para Morrer’. Elizabeth foi uma das grandes personagens da luta pela reforma agrária no Brasil. “Bauxita”, de Thamara Pereira, denuncia a mineração, mostrando a luta da comunidade rural mineira de Belisário, uma das maiores reservas de Bauxita do País. Violência, ameaças de morte são enfrentamentos constantes da comunidade em prol da preservação ambiental.
“Antes que o Porto Venha”, de Isabela Narde também denuncia a exploração advinda do projeto ‘Porto Central em Presidente Kennedy’, que prevê a construção de um Porto que impactará de forma irreversível tanto o ecossistema, quanto a comunidade de pescadores artesanais.
Na terça-feira, 23 de julho, terceira noite da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, foram apresentados quatro curtas-metragens: Em “Como chorar sem derreter”, de Giulia Butler, Elizabeth (Betty Faria) é uma mulher que não consegue mais produzir lágrimas. Através do fantástico, a diretora aborda a escassez sentimental.
“Vollúpya”, de Éri Sarmet e Jocimas Dias Jr., traz às telas, através de uma viagem intergaláctica, o universo da boate “GLS” Vollúpya, localizada em Niterói, que teve grande funcionamento nos anos 90. O curta metragem realiza um brilhante trabalho de pesquisa, mergulhando em uma parte da história da Comunidade LGBTQIA+ desconhecida do grande público.
“Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape, resgata parte da mitologia nacional, contando a história do Saci e da Profecia da Matinta. O filme foi realizado no Quilombo Kalunga, com quilombolas.
“Dias de pouco pão e zero sonho”, de Saskia Sá, traz o fantástico como ferramenta para reversão da invisibilidade de pessoas trabalhadoras, que lutam por uma vida melhor.
A noite foi encerrada pelo terceiro filme da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, “Quando eu me encontrar”, de Amanda Pontes e Michelline Helena. O filme aborda com sensibilidade e assertividade as relações humanas, no que diz respeito a afetividade e ao abandono, tendo como foco a feminilidade, permeada pela ancestralidade.
Ainda na terça-feira, foram apresentadas duas mostras paralelas importantíssimas: a 11ª Mostra Outros Olhares, que foca na pluralidade narrativa, advinda de novos realizadores. A mostra se divide em dois programas: “Meu corpo é outro” e “Outros Brasis”.
Neste dia, foi exibido o programa “Meu corpo é outro”, que apresentou narrativas baseadas na subjetividade de corpos e na progressão existencial, que se traduz pela efetiva ocupação de novos espaços, sejam eles físicos ou imaginários. A mostra contou com a apresentação de quatro curtas-metragens: “Nó em ponta de estrela”, de Helena Santos, traz o personagem Beto, que passa por uma experiência transformadora ao se experimentar em um novo corpo através de seu imaginário; “Alienígena”, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes, aborda a tentativa de (re)conexão entre corpos e existências diversas; “Tiranossauro”, de Fausto Prieto e Ingrid Gaigher, aborda questões existenciais e fundamentalistas, contraponto a expansão do desenvolvimento das ideias e suas possibilidades, com o patético da realidade. O filme aposta na tragicomédia no melhor estilo “seria cômico, se não fosse trágico”; e “A Mulher Invisível”, de R.B. Lima, discute a precarização do trabalho e ocupação de espaços através do fantasioso, expandindo a questão do micro, através do imaginário criativo de sua protagonista Keylla, para o macro, com a crítica acerca das possibilidades sociais.
Ainda na terça-feira, ocorreu a 13ª Mostra Corsária, uma das mais instigantes da competição paralela, que foca no cinema experimental. A mostra contou com cinco curtas-metragens: “Prólogo”, de Natália Dornelas, que discute o apagamento de corpos negros, através da utilização de fotos, e outros elementos narrativos; “Dona Beatriz Ñsîmba Vita”, do artista Catapreta traz uma animação refinada baseada na história de Dona Beatriz Ñsîmba Vita, conhecida por Kimpa Vita, personagem da história África Central, responsável pela reconstrução da sociedade Kongolesa; “Guarda Viejw 3458 Timbre 3/6”, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes, co-relaciona a luta e estratégias de sobrevivência e liberdade através de uma criança em isolamento; “A última valsa”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet discute o envelhecimento e o direito à autonomia existencial; e “Yâmî Yah-Pá | Fim da Noite, de Vladimir Seixas trabalha as memórias de uma mulher indígena que lida com suas questões de memória e identidade, enquanto vivencia o processo de luto.
Na quarta-feira, dia 24 de julho, último dia de exibição da programação Competitiva, aconteceu o encerramento da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, com a apresentação de quatro longas metragens: “Pássaro Memória”, de Leonardo Martinelli, contrapõe a beleza da liberdade, advinda das inúmeras possibilidades de pertencimento e ocupação existencial com a dureza e apatia do concreto de uma metrópole opressora.
“Quebrante”, de Janaína Wagner, foca no resquícios de abandono da Transamazônica BR-230, balançeando os fatos históricos com o imaginário popular cultuado através da figura de Dona Erismar, conhecida na região como “A Mulher das Cavernas”. “Axé Meu Amor”, de Thiago Costa, traz às telas a ancestralidade do candomblé, religião de matriz africana. Apesar de ter uma ficção como base narrativa, o filme mergulha de forma íntima na religião, através da utilização de atores sociais para representação da história.
Por fim, o encerramento da 28ª Mostra competitiva Nacional de Curtas coube a “Deusa Menina”, de Juane Vaillant. O filme traz um conto fantástico acerca de tempo e ancestralidade de corpos negros.
Já o encerramento da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas ficou sob a responsabilidade do filme “Sekhdese”, de Graciela Guarani e Alice Gouveia, que traz um relato apurado e íntimo da luta indígena contra o fundamentalismo religioso. O filme se destaca por contar a história sob a ótica feminina, dando voz às mulheres indígenas para que contem suas próprias histórias.
Na mostra paralela, o Programa Outros Brasis encerrou a segunda parte da 11ª Mostra Outros Olhares (iniciada no dia anterior, com a exibição do programa “Meu Corpo é Outro”).
O programa apresentou três curtas metragens: “Canto das Areias”, de Maíra Tristão, o filme trabalha com memórias. Através das histórias de pessoas locais sobre a antiga vila soterrada de Itaúnas, o filme mostra a relação entre passado e presente; “Celebrazione”, de Luiz Carlos Lacerda, foca na estadia do cineasta Italiano Pier Paolo Pasolini na cidade do Rio de Janeiro, durante pré viagem ao Festival de Mar Del Plata. Por fim, “Macaléia”, de Rejane Zilles, mistura música, poesia para apresentar a história de amizade entre Hélio Oiticica e Jards Macalé.
A 31ª Edição do Festival de Cinema de Vitória também contou ainda com a 8ª Mostra Nacional de Videoclipes, com a apresentação de 14 produções.
No último dia do Festival, fora da Competição, ainda tivemos a apresentação do Filme “A Noite das Vampiras”, de Rubens Mello e as sessões especiais dos filmes “Lobby do Batom”, de Gabriela Gastal e “Não se aproxime”, de Tati Rabelo e Rodrigo Linhares.
Por mais um ano consecutivo, o Festival de Cinema de Vitória se mostra um espaço prolífero para experimentação e cultivação da cultura. De forma geral, as obras apresentadas nesta edição evidenciam a pulsação criativa do nosso cinema, expandindo e ultrapassando barreiras hegemônicas espaciais e sociais.
O público sai do Festival preenchido e provocado por novas ideias, olhares, possibilidades, que reverberação, quiçá, em novas obras, corroborando para um círculo criativo ininterrupto e histórico do nosso cinema. Que venham os próximos. Mal acabou e já estamos na expectativa.
A lista oficial dos vencedores você confere aqui.