Por: Ana Beatriz Alves

Paris deverá receber cerca de 350 mil pessoas com deficiência nos Jogos Olímpicos e terá de cumprir seu compromisso de ser um anfitrião mais inclusivo. Com a atenção internacional voltada para a cidade durante o evento, há uma pressão crescente para garantir que todas as instalações e serviços sejam totalmente acessíveis e adaptados às necessidades de cada visitante.

A implementação bem-sucedida dessas medidas não só demonstra o compromisso da capital francesa com a inclusão, mas também constituirá um exemplo para futuros Jogos Olímpicos.

Para garantir que a experiência dos Jogos Olímpicos de Paris seja verdadeiramente inclusiva, uma série de medidas para atender às necessidades de todos os espectadores está sendo implementada:

  • O Comitê Francês reservou 280 mil ingressos para espectadores com deficiência e prometeu fornecer assentos acessíveis e audiodescrição em francês e inglês.
  • A Vila Olímpica oferecerá edifícios inclusivos, sinalização multissensorial e áreas para cães-guia.
  • Os aeroportos serão instruídos a prestar assistência em vez de impedir a autonomia dos passageiros, permitindo que utilizem suas próprias cadeiras de rodas ao desembarcar.

No entanto, apesar dessas mudanças, o transporte continua a ser um problema para as pessoas com deficiência. A Linha 14 do Metrô é a única linha totalmente acessível para PCDs. Paris deve usar veículos elétricos, táxis e outros veículos para atender às necessidades.

Espera-se que mais de mil táxis sejam adaptados para o início das Olimpíadas. Carros elétricos e outros automóveis também deverão ser usados.

O verdadeiro sucesso dependerá da capacidade da cidade de transformar esses compromissos em realidade, garantindo que todos os visitantes, independentemente de suas necessidades, possam desfrutar dos jogos e serem recebidos com plenitude e dignidade. Quem sabe assim, a Olimpíada mais sustentável também será a mais inclusiva.