A Marcha da Maconha de São Paulo deste ano, com o tema “Bolando o Futuro sem Guerra”, protestou contra o encarceramento em massa e a violência policial nas comunidades pobres. A concentração aconteceu neste domingo (16) em frente ao Masp, na Avenida Paulista, seguindo em passeata até a Praça da República.

O movimento critica a proibição da maconha, alegando que serve de pretexto para a perseguição da população negra nas periferias. O manifesto de 2024 denuncia a manutenção de um sistema racista que alimenta a violência e a corrupção.

Rebeca Lerer, militante desde a primeira marcha há 16 anos, aponta a desinformação como um obstáculo à legalização, apesar das evidências científicas sobre os benefícios da maconha, inclusive medicinais. Ela também comenta a regulamentação global da maconha, destacando diferentes modelos de legalização em países como Alemanha, África do Sul, Uruguai, Canadá e Estados Unidos.

No Brasil, o debate sobre drogas ganha destaque no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional. A PEC 45/2023, que criminaliza o porte de qualquer quantidade de droga, avança na Câmara dos Deputados. Enquanto isso, o STF analisa a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, com decisão adiada após pedido de vista do ministro Dias Toffoli.