A partir de hoje (28), Espanha, Irlanda e Noruega reconhecem oficialmente o Estado Palestino, em uma forte reação a Israel, que se encontra cada vez mais isolado após mais de sete meses do massacre palestino em Gaza. Os países tornaram pública a decisão na última semana.

Com essa decisão, 146 dos 193 estados-membros das Nações Unidas agora reconhecem o Estado Palestino.

Representantes dos governos em Madri, Dublin e Oslo declararam que essa medida visa acelerar os esforços para garantir um cessar-fogo imediato. Os três países esperam que sua decisão incentive outros membros da União Europeia a seguir o exemplo.

“É a única maneira de avançar em direção ao que todos reconhecem como a única solução possível para alcançar um futuro pacífico, um Estado Palestino que viva lado a lado com o Estado de Israel em paz e segurança”, afirmou o Primeiro-Ministro espanhol Pedro Sanchez em um discurso na televisão pública.

Sanchez anunciou que a Espanha reconhece o Estado Palestino unificado que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, sob a Autoridade Nacional Palestina, com Jerusalém Oriental como sua capital.

A Autoridade Palestina, que exerce o governo na limitada área na Cisjordânia sob ocupação militar israelense, acolheu a decisão positivamente.

A decisão das três nações europeias ocorre em meio a um contexto de crescente pressão internacional sobre Israel devido ao prolongado conflito em Gaza, que já resultou em ,mais de 35 mil mortes, a maioria sendo crianças e mulheres, além de um agravamento da crise humanitária na região.

No último domingo (26), Israel lançou um bombardeio que matou 45 pessoas, incluindo crianças, em Rafah, mesmo após decisão do Tribunal Penal Internacional determinar que o governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu suspendesse qualquer ação em Rafah.