Metade acredita que segurança pública piorou em São Paulo, indica pesquisa
Apesar dos dados oficiais indicarem uma queda nos roubos em 2023, um aumento absurdo nos furtos e episódios violentos intensificaram a sensação de insegurança
Uma pesquisa aponta que a insegurança em São Paulo tem sido uma crescente preocupação para os moradores, com metade deles acreditando que a situação piorou nos últimos dois meses. Essa percepção é mais acentuada entre os moradores do Centro, onde 55% relataram uma deterioração desde março. A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Travessia.
Apesar dos dados oficiais indicarem uma queda nos roubos em 2023, um aumento absurdo nos furtos e episódios violentos intensificaram a sensação de insegurança. O estudo não incluiu os dados da violência policial, que teve um registro recorde na gestão Tarcísio, entre os fatores de análise.
Outro ponto crítico abordado na pesquisa é a situação da Cracolândia, com oito em cada dez moradores percebendo um aumento na região nos últimos 12 meses. Enquanto algumas figuras políticas divergem sobre como resolver esse problema, a internação compulsória de usuários de drogas conta com um amplo apoio, com 78% dos entrevistados favoráveis a essa medida.
Especialistas consultados pela Ninja apontam que essa medida não é solução, e aumenta o risco de cenários de tortura.
Maioria é contra privatização e acha que energia vai ficar mais cara
Os dados também revelaram uma heterogeneidade na orientação política dos paulistanos, com a maioria não se alinhando claramente com nenhum espectro político tradicional. Questões como a privatização da Sabesp também geram opiniões divergentes entre os moradores, com 43% apoiando a medida e 48% se opondo, enquanto a maioria acredita que a privatização resultará em um aumento na conta de água, semelhante às preocupações observadas com a privatização da companhia elétrica.