Cerca de 1,1 milhão de casas nos 22 municípios da área metropolitana do Rio de Janeiro estão em áreas de alto risco para inundações, enquanto outras 60,6 mil estão localizadas em regiões com alta probabilidade de deslizamentos. O recente estudo elaborado pela associação civil Casa Fluminense acende um alerta e revela a extensão dos desafios que a região enfrentará nos próximos anos para mitigar os impactos da emergência climática.

Especialistas apontam para soluções que abrangem diversas áreas de atuação, desde políticas públicas até intervenções urbanas. Na Baixada Fluminense, um em cada quatro lares enfrenta o risco iminente de inundação.

O governo estadual solicitou à União a inclusão de obras para os rios Iguaçu, Botas e Sarapuí no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em locais como Duque de Caxias e Nova Iguaçu, dezenas de residências e estabelecimentos comerciais foram erguidos às margens dos rios, aumentando o risco de desastres naturais.

O governo também diz que obras de contenção de encostas em áreas de alto risco e medidas de prevenção de desastres estão sendo priorizadas. No entanto, a urgência e a abrangência dessas ações continuam sendo objeto de debate entre especialistas e autoridades.

Não são apenas as inundações que preocupam os especialistas, mas também as ondas de calor, que se tornam mais intensas devido às mudanças climáticas. A redução da cobertura vegetal na cidade agrava esse problema, contribuindo para o fenômeno conhecido como “ilhas de calor”.