O Rio Grande do Sul enfrenta um retorno devastador das fortes chuvas, trazendo consigo a ameaça de prolongar as enchentes na capital do estado por até um mês. Após dias de relativa estabilidade, a sexta-feira (10) marcou o início de um período de instabilidade climática que se estenderá até segunda-feira (13), com previsões indicando precipitações que podem ultrapassar os 200mm.

Até o momento, 147 mortos foram confirmados. O boletim da Defesa Civil ainda contabiliza 127 desaparecidos e 806 feridos. O número de pessoas fora de casa é de 615,6 mil. No total, 77,4 mil estão em abrigos e 538,2 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).

O MetSul Meteorologia alertou que, apesar do nível do Rio Guaíba, que circunda a capital gaúcha, estar diminuindo, a volta das chuvas pode reverter esse processo e desencadear uma nova enchente. As medições indicaram que o Guaíba estava com 4,73 metros na régua do Cais Mauá, próximo ao Centro.

O alerta é emitido devido à expectativa de aumento do volume de água que chegará a Porto Alegre ao longo da próxima semana. Embora o Guaíba esteja atualmente em um nível mais baixo, a segunda onda de vazão causada pela chuva pode novamente elevar o nível do rio. O comunicado do MetSul destaca que “vai demorar para o Guaíba baixar da cota de transbordamento de 3,00 metros. Em 1941, a enchente durou mais de um mês”.

De acordo com o instituto, as chuvas devem cessar apenas na terça-feira (14), com a chegada de uma massa de ar mais seco e frio. O tempo deverá melhorar, com a aparição do sol, marcando o primeiro dia com características de inverno do ano, com temperaturas mínimas em torno de 10°C e máximas de 16°C. Mas é incerto que este clima permaneça pelos próximos dias