Entrevista: Maria Fernanda Cândido e equipe do premiado ‘A Paixão Segundo G.H.’ falam sobre os bastidores do filme
Lançado em abril, longa de Luiz Fernando Carvalho acaba de ser premiado na Argentina
A adaptação para o cinema da clássica obra de Clarice Lispector, “A Paixão Segundo G.H.”, tem colhido ótimos resultados após o seu lançamento. O longa também integrou a programação do Cine Nave do mês de abril, ganhando uma pré-estreia gratuita que foi um grande sucesso.
A sessão contou com a presença do diretor Luiz Fernando Carvalho, da roteirista Melina Dalboni, e da atriz Maria Fernanda Cândido, estrela do filme. Os três também bateram um papo com a Cine NINJA, falando sobre os bastidores da produção, os processos de desenvolvimento do longa e muito mais. Confira:
O filme chegou aos cinemas no dia 11 de abril, e quase um mês após a estreia nacional, o longa acaba de ser premiado na Argentina, conquistando o prêmio principal da 25ª edição do BAFICI – Festival de Cinema Independente de Buenos Aires. “A Paixão Segundo G.H” ganhou o “Gran Premio de la Competencia Internacional”, em vitória dividida com a coprodução argentina “El placer es mío”, do diretor brasileiro Sacha Amaral. O longa também levou o prêmio de Melhor Atuação para Maria Fernanda Cândido.
Além dos reconhecimentos na Argentina, a trajetória do longa conta também com passagens pelos festivais de Rotterdam, Rio e Mostra SP.
Um dos romances mais prestigiados da trajetória da autora, “A Paixão Segundo G.H.”, publicado em 1964, em plena ditadura militar, está completando 60 anos de sua primeira edição.
“Rio de Janeiro, 1964. Após o fim de uma paixão, G.H., escultora da elite de Copacabana, decide arrumar seu apartamento, começando pelo quarto de serviço. No dia anterior, a empregada pediu demissão. No quarto, G.H. se depara com uma enorme barata que revela seu próprio horror diante do mundo, reflexo de uma sociedade repleta de preconceitos contra os seres que elege como subalternos. Diante do inseto, G.H. vive sua via-crúcis existencial. A experiência narra a perda de sua identidade e a faz questionar todas as convenções sociais que aprisionam o feminino até os dias de hoje”, diz a sinopse.