Na tarde desta quinta-feira (2), a barragem 14 de Julho, na cidade de Bento Gonçalves (RS) rompeu. A cidade tem 141 mil habitantes. A Defesa Civil do município emitiu um alerta urgente de evacuação da população que reside nas proximidades do Rio das Antas e do Rio do Taquari, que são diretamente afetados pelo colapso da barragem. A estimativa é que o nível do rio aumente de 2 a 4 metros.

“Recebemos agora a informação da (Companhia Energética Rio das Antas), que a barragem de 14 de Julho acabou de colapsar. A informação que a gente precisa passar para todos os moradores que vivem às margens do Rio das Antas e Rio do Taquari, é sair o mais rápido possível desse local. A tendência é que isso suba em torno de 2 a 4 m. Essa é a tendência que aconteça nos próximos minutos e nas próximas horas nos municípios mais abaixo, lá no Taquari. Importante: Isso é uma informação oficial e a gente precisa informar o máximo de pessoas possível dentro da margem do Rio das Antas e do Rio Taquari”, afirmou a prefeitura

As autoridades locais estão mobilizando esforços para garantir a segurança da população e providenciar abrigos temporários para aqueles que precisam deixar suas residências. Equipes de resgate e assistência estão sendo direcionadas para as áreas afetadas, enquanto medidas de precaução estão sendo tomadas em municípios vizinhos.

A preocupação com a segurança das comunidades ribeirinhas é prioridade neste momento. A orientação é que todos sigam as instruções das autoridades e busquem abrigo em locais seguros e elevados até que a situação se estabilize.

O colapso da barragem 14 de Julho é mais um episódio em meio à série de eventos climáticos extremos que têm atingido o Rio Grande do Sul e outras regiões do país.

Desde segunda-feira (29), o Rio Grande do Sul vem sendo atingido por fortes enxurradas e deslizamentos, efeitos da crise climática, resultando em 13 mortes confirmadas, 21 pessoas desaparecidas e mais de 8 mil desabrigadas. Além disso, 134 cidades foram afetadas de alguma forma, o que fez o governo decretar estado de calamidade.

O decreto tem validade por 180 dias. As aulas na rede pública foram suspensas na quinta (2) e na sexta-feira (3) em todo o estado. O presidente Lula sobrevoou áreas afetadas e garantiu suporte do Governo Federal para o estado, mas ainda é incerto se a ajuda chegará em tempo de ajudar mais de 200 mil pessoas afetadas diretamente.