SOM Indica: Clarissa Ferreira, diálogos do território latino-americano popular e tradicional
Clarissa Ferreira é violinista, etnomusicóloga, pesquisadora e compositora do Rio Grande do Sul. Possui quatro singles lançados, e está lançando seu primeiro álbum autoral “LaVaca”, já disponível nas plataformas de streaming.
Por Paulo Zé
Clarissa Ferreira (@clarissaferreiraaaa) é violinista, etnomusicóloga, pesquisadora e compositora do Rio Grande do Sul. Possui quatro singles lançados, e está lançando seu primeiro álbum autoral “LaVaca”, já disponível nas plataformas de streaming. Ela é também autora do livro “Gauchismo Líquido: reflexões contemporâneas sobre a cultura do Rio Grande do Sul”, pela Editora Coragem.
E coragem não falta para Clarissa, que vem trazendo luz a uma série de importantes questões que envolvem a música folclórica do Rio Grande Do Sul e seus costumes. Seu olhar contemporâneo sobre os conceitos da música, feminismo e meio ambiente são absolutamente fundamentais para evoluirmos socialmente. Com formação acadêmica e anos de pesquisas, ela fala com propriedade sobre o que chama de Gauchismo Líquido (@GauchismoLiquido), além de ter uma oficina de compositoras (@OficinadeCompositoras).
Seu primeiro álbum de estúdio vem cheio de conceitos para refletir, uma característica marcante em sua carreira. “LaVaca” é um novo signo, um símbolo de que natureza-cultura são conceitos cujas fronteiras são fraturadas. Era tudo mato. O gado foi trazido para este continente. A pampa não existia. “LaVaca” apresenta músicas com temas como a degradação do bioma pampa e um olhar para as fêmeas que nela habitam.
Sua música estabelece diálogos através do território latino-americano popular e tradicional, apresentando músicas com linguagens vivas e diversas, uma mistura de ritmos brasileiros, argentinos e uruguaios como o candombe, a milonga, o samba e a chacarera, sonoridade definida como realismo regionalista, música pós gaúcha ou música gaúcha feminista.