Ghoshia januarensis: fóssil de 540 milhões de anos recebe nome de cidade de Minas Gerais
Cianobactéria minúscula com apenas 10 micrômetros de tamanho é uma evidência fascinante da vida na Terra há mais de 540 milhões de anos, antes mesmo da existência de dinossauros ou animais com esqueleto
Em um avanço científico surpreendente, pesquisadores brasileiros anunciaram a descoberta de uma espécie de microfóssil pré-cambriano até então desconhecido. Batizada de Ghoshia januarensis, a descoberta ocorreu em Minas Gerais, na didade de Januária, na bacia sedimentar do São Francisco, e foi publicada recentemente na revista de Cambridge.
A Ghoshia januarensis, uma cianobactéria minúscula com apenas 10 micrômetros de tamanho, é uma evidência fascinante da vida na Terra há mais de 540 milhões de anos, antes mesmo da existência de dinossauros ou animais com esqueleto. Essa descoberta não apenas enriquece nosso entendimento sobre a evolução da vida, mas também desafia concepções prévias sobre a antiguidade da vida em nosso planeta.
O estudo liderado pelo geólogo Matheus Denezine, em colaboração com outros pesquisadores, e publicado com exclusividade pelo jornalista Lucas Altino, de O Globo, revelou não apenas a existência da Ghoshia januarensis, mas também a presença de outras seis espécies de fósseis na Formação de Sete Lagoas, na bacia São Francisco. Esta descoberta reforça a teoria de Darwin e amplia nosso conhecimento sobre o período pré-cambriano, um momento crucial na história da Terra.
Além de seu valor científico intrínseco, a descoberta levanta uma intrigante possibilidade: a presença de petróleo na região onde os fósseis foram encontrados. A matéria orgânica fossilizada sugere a existência de um potencial sistema petrolífero na área. Contudo, os pesquisadores ressaltam que mais estudos são necessários para determinar a viabilidade comercial dessa descoberta.
*Com informações de O Globo