Por unanimidade, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro absolveu a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, e outros 22 réus que haviam sido acusados de formação de quadrilha em atos e protestos políticos ocorridos no Rio de Janeiro entre 2013 e 2014. Os ativistas, anteriormente condenados em primeira instância em julho de 2019 a penas que variavam entre 5 anos e 10 meses e 7 anos de prisão, recorreram em liberdade. A decisão de absolvê-los foi tomada após a apelação dos réus em sessão realizada nesta terça-feira.

A absolvição dos 23 ativistas ocorreu após longos anos de batalha judicial e uma série de reviravoltas no processo. Os advogados dos réus celebraram a decisão, destacando o reconhecimento da inocência após um longo período de incerteza. Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, que morreu em 26 de março de 2023, também teve absolvição sumária.

A ativista Elisa Quadros utilizou as redes sociais para comemorar a decisão: “É com muita alegria que grito! LIBERDADE! Choro também por não poder abraçar meu amor que aonde ele esteja está gritando e vibrando! Agradeço a cada pessoa que torceu, Lutou e tantas vezes nos abraçou. A minha linda advogada! Camila Freitas e todas as advogadas e advogados que doaram toda sua energia por esta luta A luta continua sempre!”, afirmou.

O caso envolvendo os ativistas foi marcado por acusações de incêndio ao prédio da Câmara Municipal e associação para praticar diversos crimes durante as manifestações. O Ministério Público do Rio pediu a prisão de 18 e a absolvição de cinco manifestantes, porém o juiz Flávio Itabaiana manteve a prisão dos 23 citados no processo.

Após diversas reviravoltas, incluindo a exclusão de provas obtidas de forma ilícita, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro reconheceu a inocência dos réus e anulou suas condenações.