Sobre a Cine NINJA

Reunindo uma comunidade de realizadores, distribuidores, produtores, comunicadores e cinéfilos a Cine. NINJA é a frente de cinema e audiovisual da Mídia NINJA.

Com “um celular não mão e uma ideia na cabeça” a nossa geração se permite a novas narrativas. E é preciso mostrar outros pontos de vista, apresentar personagens invisibilizados e eternizar a memória dos que já passaram e fizeram histórias. Da resistência indígena ao carnaval, de Zumbi dos Palmares ao Tropicalismo, o cinema transborda!

A Cine NINJA soma repertórios, estéticas, visões e vozes de temas emergentes da sociedade para construir uma outra cena do audiovisual brasileiro.

Sobre a UFA

A Universidade da Floresta Ativista (UFA) é um ambiente de formação livre, que entende o pensamento crítico, a criatividade e o empirismo como poderes transformadores. A universidade reúne ideias perigosas para tornar o mundo melhor em uma plataforma que promove inspiração, conhecimento, troca de experiências e provocação.

FORMATO

ONLINE – 3 encontros, cada um com 1h30min de duração.

1ª etapa

Quais os desafios e potências de produzir cinema na Amazônia? Como reconstruir as políticas públicas no audiovisual brasileiro? Qual a trajetória de um filme pra chegar no Oscar? Essa e muitas outras abordagens farão parte do circuito de formação da Cine NINJA!

Ministrado por especialistas, o Circuito aborda temas como desafios e potências de produzir cinema na Amazônia, reconstrução das políticas públicas no audiovisual brasileiro e a trajetória de um filme até o Oscar.

A primeira edição do evento de formação audiovisual oferece, até 20 de abril, aulas e oficinas online ao vivo e gratuitas, com vagas limitadas. Com exceção do primeiro encontro, que será exclusivo para membros da comunidade do Cine.NINJA que participaram da cobertura do Oscar, as aulas são abertas. As atividades, com acesso por meio de seleção de inscritos, serão realizadas pelo Zoom. Para participar inscreva-se na aba ao lado.

O circuito é uma parceria entre a Universidade da Floresta Ativista (UFA) e o Cine.NINJA, frente de cinema e audiovisual da Mídia NINJA que reúne uma comunidade de realizadores, distribuidores, produtores, comunicadores e cinéfilos; o Circuito de Formação Cine.NINJA, abre inscrições dia 28 de março.

2ª etapa

Depois do sucesso da primeira etapa do Circuito de Formação do Cine NINJA, agora lançamos nossa nova programação de atividades com temas ligados à prática dos realizadores, diretores, videomakers e amantes da 7ª arte.

Saiba mais sobre planejamento e produção de conteúdo audiovisual para redes sociais, práticas de distribuição de filmes, conheça experiências de produção de baixíssimo custo e entenda a metodologia negra para distribuição de obras audiovisuais.

Durante todo o mês de maio, todas as semanas você terá uma convidada especial oferecendo uma aula gratuita para nossa comunidade. Saiba mais e inscreva-se!

3ª etapa

Aproveitando o mês do orgulho LGBT, a Cine NINJA amplia seu circuito de formação e oferece agora uma série de oficinas especiais para pessoas LGBTQIAPN+ com o objetivo de compartilhar e ensinar sobre todo processo de realização de um produto audiovisual.

Em três encontros online e gratuitos, o diretor, roteirista e produtor André da Costa Pinto irá compartilhar experiências e conhecimento de todo o processo, da pré à pós produção, levando em consideração desde a formatação do projeto e os recursos disponíveis juntamente com as questões burocráticas até a construção do roteiro que se encaixe dentro dessas demandas.

A ideia é tornar os processos de realização fílmica acessíveis, principalmente para realização dentro de casa, nos quintais e na vida cotidiana.

Saiba mais e inscreva-se abaixo! 

Plantando um filme no quintal

MODOS ALTERNATIVOS DE PRODUÇÃO E REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL

“Um dia quando resolvi fazer filmes, minha avó que era artista, me disse apontar a câmera e o microfone para meu quintal, ninguém mais do que eu teria domínio para falar sobre tudo que acontece ali. Acreditei e hoje tenho uma lavoura perene que dá frutos o ano todo”.

O intuito dessa oficina é aprender sobre todo processo de realização de um produto audiovisual: pré-produção, produção, pós-produção para realização de um filme, levando em consideração desde a formatação do projeto e os recursos disponíveis juntamente com as questões burocráticas até a construção do roteiro que se encaixe dentro dessas demandas.

Entendendo os meios possíveis de produção, partiremos para a ideia do argumento e como codificá-la no roteiro que será transformado em obra. Na fase seguinte, estudaremos processos de decupagem desse roteiro, elaboração de tabelas de produção e arte, equipamentos disponíveis para captação de imagem e som, e linguagem narrativa para montagem.

Estruturada a obra entenderemos formas e formatação de projeto para captação de recursos, o conceito de agentes multiplicadores de cultura em um grupo ou comunidades para auxiliarem no desenvolvimento da obra no local, além de discutir janelas de exibição.

A ideia é tornar os processos de realização fílmica acessíveis, principalmente para realização dentro de casa, nos quintais e na vida cotidiana, porém atentando para todas as questões burocráticas (autorizações de imagem e som, contratos, utilização de trilhas, locações, etc), questões técnicas (captação de imagem, som, montagem) e codificação da ideia em narrativa (como transformar uma ideia em roteiro literário e depois em imagens e sons) de forma que a obra possa circular por diversas plataformas.

Além de apostilas e exercícios práticos, trabalharemos com bibliografias, apostilas, dinâmicas e filmes de curta-metragem produzidos em diversos formatos.

No decorrer das aulas os alunos desenvolverão argumentos, após o desenvolvimento desses argumentos realizarão, quem sabe, filmes nos seus quintais.

ANDRÉ DA COSTA PINTO

Diretor, roteirista, produtor e mestrando em cinema para UFF. Roteirizou, produziu e dirigiu cinco longas –metragens: “Tudo que Deus Criou” (ficção, 2012 – distribuição Pipa Filmes), “Antes do Parto” (ficção, experimental 2016), “O Tempo feliz que passou”(ficção, 2016), Ratoeira (ficção – 2018 – ainda inédito), Madame (documentário 2019 – distribuição Globo Filmes). Atualmente ministra oficinas de formação de atores para vídeo. Idealizou e Coordenou os projetos de formação audiovisual: Por Telas – projeto pioneiro de audiovisual em Escolas de Samba do grupo especial do Rio de Janeiro; Audiotransvisual – Voltado exclusivamente para formação de pessoas trans; Cinema Leva Eu – em parceria com o Instituto Zeca Pagodinho e a Escola Brasileira de Audiovisual. Idealizou e coordenou o Comunicurtas – Festival Audiovisual de Campina Grande. Também idealizou, fundou e lecionou nos cursos de Formação de Atores para Cinema e TV e Formação de Produtores Audiovisuais, ambos ligados à Universidade Estadual da Paraíba. Participou da produção de mais de 40 curtas. Soma mais de 18 prêmios em Festivais Nacionais e Internacionais. Foi um dos selecionados pelo projeto Revelando os Brasis promovido pela Secretaria do Audiovisual – Ministério da Cultura, o qual mais tarde também tornou-se professor.


Neste bate-papo, Deyse trará para os convidados uma visão diferenciada sobre produção cinematográfica independente. Analisando o case da série “O Outro Lado da Pandemia”, será possível perceber que uma boa ideia e baixo orçamento podem trazer resultados satisfatórios e alcançar um grande público.

Deyse Reis

É graduada em Jornalismo pela Faculdade Social da Bahia e em Cinema pelo Latin America Film Institute. No audiovisual, participou de curtas, comerciais, longas e séries de TV, trabalhando em projetos para a Discovery Kids, Amazon Prime, Disney Plus e HBO. Foi curadora do V e VI Rota Festival (2021/2022), selecionando projetos para o laboratório de séries e recebeu indicações de Melhor Diretora, Melhor Série e Melhor Fotografia no Brazil International Monthly Independent Film Festival com a série “O Outro Lado da Pandemia”, saindo vencedora na categoria de Melhor Roteiro (2020). Em 2020, Deyse fundou a Mulier Filmes (Mulier, do latim, significa “Mulher”), uma produtora audiovisual que tem como um dos seus pilares priorizar o trabalho e a visão feminina nas suas obras. Todos os projetos da Mulier Filmes foram selecionados em festivais internacionais, em diferentes categorias, como Melhor Curta, Melhor Série, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Edição e Melhor Roteiro.


Uma aula sobre cadeia de comercialização de filmes para compreender todos os atores e etapas da distribuição, análise de cases de sucesso e estratégias para apresentar e promover seu projeto no mercado audiovisual. Dos festivais as janelas de tv, digital.

Priscila Miranda

Nasceu no Rio de Janeiro em 1980 no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Estudou Filosofia na UFRJ e Língua Francesa na Universidade Blaise Pascal de Clermont Ferrand, apaixonada por cinema fundou a empresa Tucuman Distribuidora de Filmes em 2011 e a Fênix Distribuidora de Filmes em 2016. Como produtora, produziu de mostras de filmes a curtas no início da carreira e hoje é produtora dos longas, “Ivan o terrível” de Mario Abbade, prêmio de melhor documentário em SITGES e prêmio do júri no Festival de Cinema de Brasília e “A arte da memória” de Rodrigo Areias.


Refletir sobre a potencialidade da internet como forma de divulgação, interação com o público e democratização do acesso ao cinema (e audiovisual em geral) brasileiro. Como criar em plataformas de conteúdo que ainda não foram inventadas. Tipos de conteúdo, como medir a relevância, formatos, objetivos, sistematizando a criatividade. Para além do algoritmo: fugindo do binarismo capitalista das redes. Como construir coletivamente caminhos e possibilidades do audiovisual na internet.

Emy Lobo é diretora, fotógrafa, jornalista e mestranda em Crítica Feminista e Estudos de Gênero na UFSC. Trabalha há mais de 10 anos com conteúdos audiovisuais para a internet. Desde 2013 atua como ativista audiovisual em coletivos pela democracia, cultura e cinema feito por mulheres. Criou e coordena o curso de Produção de Conteúdo para Redes Sociais da Academia Internacional de Cinema (AIC) Rio e São Paulo. Trabalhou com entregas digitais no Big Brother Brasil 23, Rock in Rio 2022, e ministrou cursos no Festival de Cinema de Brasília, Festival de Cinema de Vitória e ONG ACIS, no Piauí. Em 2016 filmou e dirigiu o curta Nem Tão Amigos Assim, em Cuba. Faz parte do Coletivo de Mulheres e Pessoas Transgênero do Departamento de Fotografia do Cinema Brasileiro (DAFB), colabora com a Mídia Ninja, e atua principalmente nos temas: cinema, feminismo, LGBTQIA+, internet, América Latina e documentário. Atualmente se dedica a pensar futuros possíveis a partir do Sul Global Cuir.


O audiovisual é uma linguagem apropriada para estimular engajamento e promover mudanças concretas no mundo. A proposta da oficina é pensar uma metodologia negra, para além de uma distribuição de impacto, pensando o cinema como ferramenta de transformação social e construção de novas audiências.

Camila de Moraes é Jornalista e cineasta. Assina a direção nos documentários, “A escrita do seu corpo”(curta-metragem / 2016), “O Caso do Homem Errado” (longa-metragem / 2017) e “Mãe Solo”(curta-metragem / 2021). CEO na Produtora e Distribuidora “Borboletas Filmes & Pombagens. É gaúcha e reside em Salvador há 13 anos


Nesta oficina, os participantes têm contato com alguns conceitos básicos da crítica cultural contemporânea e da experiência estética, além de algumas técnicas para uma boa prática de redação e escrita adquiridas pela Mídia NINJA ao longo de sua experiência de mais de 10 anos atuando na produção de narrativas. 


Clayton Nobre é jornalista e gestor cultural. Amazonense, participou da fundação da rede Mídia NINJA em 2013 e desde então atua em produção de matérias, críticas e articulação de pautas e projetos voltados à formação livre e aos direitos humanos. Com formação na UFAM e UFMG, desenvolveu pesquisas sobre experiência estética, crítica cultural e sociabilidade contemporânea.


Um papo sobre produção e realização audiovisual fora do eixo. A partir da experiência do premiado filme “Noites Alienígenas”, que recebeu cinco Kikitos no Festival de Gramado em 2022, o diretor Sérgio de Carvalho e a produtora Karla Martins falam sobre o cinema do Acre, processos criativos e a descentralização de recursos para a produção na Amazônia.

Karla Martins é acreana, atriz, produtora cultural e contadora de histórias.
Trabalhou 20 anos com gestão pública da cultura no Acre, fundadora da Rede Fora do Eixo, Coordenadora de Projetos da Casa Ninja Amazônia, desenvolve ações diretamente ligadas a Cultura, Comunicação, Amazônia e Meio Ambiente. Produtora Executiva do filme “Noites Alienígenas”. Consultora da instalação Nave Amazônia, no Rock in Rio 2022.

Sérgio de Carvalho  é cineasta criador da produtora Saci Filmes, no Acre.

Na sua trajetória audiovisual, dirigiu obras como “Nokun Txai – Nossos Txais”, sobre os povos indígenas do Acre, “O Olhar Que Vem de Dentro”, sobre religiões brasileiras a partir do ponto de vista infantil e “Alimentando a Alma”, sobre culinária e espiritualidade; também o longa-metragem documentário “Empate”, sobre os companheiros do líder seringueiro Chico Mendes, o longa-metragem “Noites Alienígenas” entre outros.

Também é idealizador e diretor artístico do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira, desde 2010.


Ana Petta e Helena Petta conversaram sobre os processos de criação do premiado documentário Quando Falta o Ar e da série de TV de ficção Unidade Básica a partir da necessidade de novas narrativas em saúde e da construção de memória através audiovisual.

Helena Petta, é médica infectologista, com doutorado no Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo. É visiting scholar no David Rockefeller Center for Latin American Studies e fellow do Film Study Center da Universidade de Harvard (2022-2023). É criadora da série médica televisiva Unidade Básica, transmitida pelo canal Universal Channel e disponível na GloboPlay, e autora de “Unidade Básica: a saúde pública brasileira na TV”, da editora Hucitec. Diretora do documentário “Quando falta o Ar”, vencedor do melhor documentário no festival internacional “É tudo verdade” e pré selecionado ao Oscar 2023.

Ana Petta é diretora de Quando Falta o Ar, documentário vencedor do Festival É Tudo Verdade 2022 e Qualificado ao OSCAR 2023. Produziu e colaborou na direção e roteiro do filme Repare Bem, de Maria de Medeiros, prêmio de melhor filme no Festival de Gramado. Dirigiu Osvaldão, selecionado na Mostra Internacional de São Paulo. É atriz e criadora da Série de TV Unidade Básica, do Canal Universal Channel/GloboPlay, que está na sua terceira temporada. Atuou nos longas Trabalhar Cansa e O Mundo Invisível. No teatro, foi atriz da Cia São Jorge de Variedades e Cia do Latão.


 A aula discutiu os desafios e oportunidades para a política audiovisual brasileira no contexto do novo governo Lula.

Alfredo Manevy é cineasta, gestor cultural e professor. Foi secretário executivo do MinC no gov Lula 2 e presidente da Spcine. Dirigiu o filme Lupicínio Rodrigues Confissões de um Sofredor, exibido na Mostra Internacional de São Paulo e Mostra Tiradentes.