‘LGBT+60 – Corpos Que Resistem’: terceira temporada da websérie estreia dia 15 de janeiro no YouTube
A websérie está de volta com cinco episódios que trazem as memórias e as vitórias de pessoas LGBTQIAPN+ idosas
Por Marilda Campbell
Relatos de amor, orgulho, superação, resistência e diversidade. A premiada websérie “LGBT+60: Corpos que Resistem”, que já soma mais de 2 milhões de views nas plataformas digitais, está de volta em sua terceira temporada, com cinco novos episódios com histórias inspiradoras que revelam a trajetória de vida e de celebrações de brasileiros LGBTQIAPN+ que vivem a terceira idade em sua plenitude.
Com estreia marcada para 15 de janeiro, os episódios – dirigidos e roteirizados pelo jornalista Yuri Alves Fernandes – vão contar as nuances e as conquistas por trás da vida da ativista Denise Taynáh Leite, de 74 anos; do jornalista Márcio Guerra, de 63 anos; da influenciadora Ana Carolina Apocalypse, de 65 anos; da drag queen Luiza Gasparelly, de 60 anos; e do Seu Franco, de 67 anos. Os episódios serão publicados no canal do YouTube da plataforma de jornalismo independente #Colabora e nas redes sociais.
“LGBT+60” é um projeto que parte de uma ideia simples: ouvir histórias. “Mas são histórias que nem todas as pessoas estão acostumadas a ouvir, seja na mídia ou em debates. São idosos LGBTQIAPN+, de diferentes gêneros e contextos sociais, que contam sobre suas experiências, muitas vezes dolorosas, mas também sobre conquistas e sonhos”, afirma o idealizador do projeto, Yuri Alves Fernandes.
Desde que estreou, em 2018, a websérie vem conquistando diversos prêmios. Os mais recentes foram os de Melhor Roteiro e de Melhor Direção, no Rio Web Fest 2023. “LGBT+60” também recebeu o Prêmio Longevidade Bradesco Seguros, na categoria Jornalismo Web (2019); o 20º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+, na categoria Audiovisual e Artes Cênicas (2021); e Menção Honrosa, na Mostra Cine Diversidade Rio de Janeiro (2021).
Além da nova temporada que estreia esse mês, a websérie será destaque em uma exposição no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo.
Conheça os personagens de ‘LGBT+60: Corpos que Resistem’
A paulistana Ana Carolina Apocalypse é a estrela do primeiro episódio. Verdadeiro fenômeno na internet, Ana Carolina tem mais de 100 mil seguidores e comemora seu aniversário de 65 anos, relatando aspectos da sua transição de gênero, realizada a partir dos 59 anos, quando ela assistiu a novela “A Força do Querer”, que trouxe pela primeira vez à teledramaturgia brasileira um processo de transição.
A protagonista do segundo episódio é Denise Taynáh Leite, de 74 anos, mulher trans negra e carioca. Ativista, trabalha como Secretária dos Direitos LGBTQIAPN+ na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, e conta no episódio sobre violência familiar, sobre sua relação com o carnaval e a arte, sobre seus sete filhos e sobre o emocionante momento em que se entendeu mulher.
A história de amor e de coragem do jornalista Márcio Guerra, de 63 anos, nascido e criado em Juiz de Fora, também é um dos destaques da série. Há dois anos, Márcio e o seu companheiro há 34 anos, Flávio, adotaram o jovem Phellipe. Hoje, a família vive unida, num ambiente de amor e acolhimento.
Já o Seu Franco é um homem trans negro, de 67 anos, nascido em Porto Alegre, que saiu de casa aos 13 para morar nas ruas por não se sentir aceito. Aos 17, foi tomando consciência da sua identidade de gênero, anos depois se entendeu e se aceitou como uma pessoa transmasculina ao assistir uma entrevista com João Nery (convidado da primeira temporada de LGBT+60).
No último episódio, a série relata os altos e baixos da carreira da drag queen carioca Luiza Gasparelly, de 60 anos, que relembra como se entendeu como um homem gay e artista, suas vivências fora do país, a perseguição e o preconceito contra as travestis e drag queens na ditadura, apresentações icônicas, a descoberta do HIV e conquistas afetivas e profissionais.
A terceira temporada da websérie ‘LGBT+60+ Corpos que Resistem’ é resultado do programa de Fomento do Audiovisual Carioca 2022, gerido pela RioFilme, órgão vinculado à Secretaria de Governo e Integridade Pública da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.