A Braskem, uma das gigantes petroquímicas do Brasil, está no centro de uma crescente controvérsia devido à sua resposta tardia e atrasos significativos no fechamento da mina de sal-gema em Maceió, segundo revelou um relatório recente da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Desenvolvimento: atrasos e irregularidades

Conforme documentação oficial, a Braskem não atendeu à exigência da ANM para encerrar a mina 18, resultando em atrasos e irregularidades no processo de fechamento. A decisão da empresa de levar quase dois anos para decidir sobre o fechamento, usando o método de preenchimento com areia aplicado em outros poços, suscita questionamentos sobre sua responsabilidade ambiental e comprometimento com as normas regulatórias.

Riscos para a população: colapso iminente

A Defesa Civil registra um afundamento preocupante na mina, com um movimento contínuo, indicando o risco iminente de colapso. Estudos do Serviço Geológico Brasileiro em 2019 já vincularam a extração de sal-gema ao afundamento do solo, impactando a vida de 57 mil pessoas em quatro bairros.

Resposta inadequada da Braskem: contradições e suspeitas

Embora a Braskem alegue ter seguido as recomendações das autoridades, a suspensão da extração de areia de outros poços devido a irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal contradiz essa afirmação. A justificativa da empresa, mencionando “microssismos e movimentações atípicas”, levanta dúvidas sobre sua transparência e compromisso.

Atrasos e descaso: falta de urgência e compromisso

A decisão da Braskem de iniciar o preenchimento da mina 18 somente em fevereiro de 2022, após quase dois anos da exigência da ANM, destaca a falta de urgência e compromisso da empresa. Problemas durante o processo, incluindo suspeitas de extração irregular de areia por fornecedores da Braskem, resultaram em investigações do Ministério Público Federal, intervenção da Polícia Federal e ANM.