A atriz Melissa Barrera, estrela dos últimos filmes da franquia “Pânico”, foi demitida do próximo filme, “Pânico 7”, após postagens em que declarava apoio ao povo palestino em meio ao bombardeio de Israel contra Gaza.

“Gaza está sendo tratada atualmente como um campo de concentração”, escreveu a atriz criticando as ações militares de Israel no território. “Encurralar todos juntos, sem ter para onde ir, sem eletricidade, sem água… As pessoas não aprenderam nada com a nossa história. E assim como nossas histórias, as pessoas ainda assistem silenciosamente a tudo acontecer. Isso é genocídio e limpeza étnica”, completou.

Uma pessoa representante da Spyglass – empresa responsável pela franquia – disse à Variety que as postagens de Melissa “incentivavam o antissemitismo e o discurso de ódio”: “A posição da Spyglass é clara: temos tolerância zero ao antissemitismo ou ao incitamento ao ódio de qualquer forma, incluindo falsas referências ao genocídio, limpeza étnica, distorção do Holocausto ou qualquer coisa que ultrapasse flagrantemente a linha do discurso de ódio”, diz a declaração.

Christopher Landon, diretor do filme, publicou no Twitter/X que a decisão não foi dele, mas apagou o post depois.

Após a polêmica, foi divulgado que Jenna Ortega, que interpreta a irmã de Melissa no longa, também está fora da franquia. Segundo o Deadline, a saída da atriz se deve a conflitos de agenda. Jenna irá focar nas gravações da tão esperada 2ª temporada de Wandinha. O site alega que o desligamento de Ortega não tem nada a ver com a demissão arbitrária de Melissa.

Melissa e Jenna em “Pânico 6”. Foto: Divulgação

Resposta de Melissa

A estrela de “Pânico” se pronunciou após a notícia de que ela havia sido demitida do sétimo filme da franquia. Via story, no Instagram, a atriz escreveu que: “Em primeiro lugar, condeno o antissemitismo e a islamofobia. Condeno o ódio e o preconceito de qualquer tipo e contra qualquer grupo de pessoas”.

“Como latina e orgulhosamente mexicana, sinto a responsabilidade de ter uma plataforma que me permite o privilégio de ser ouvida e, portanto, tenho tentado usá-la para aumentar a conscientização sobre questões que me interessam e para emprestar minha voz àqueles que estão em necessidade”, continuou. “Todas as pessoas nesta terra – independentemente da religião, raça, etnia, gênero, orientação sexual ou status socioeconômico – merecem direitos humanos iguais, dignidade e, claro, liberdade”.

Melissa continuou a resposta dizendo: “Acredito que um grupo de pessoas não é a sua liderança, e que nenhum órgão governamental deve estar acima das críticas. Rezo dia e noite para que não haja mais mortes, que não haja mais violência e que haja coexistência pacífica. Continuarei a falar em nome daqueles que mais precisam e continuarei a defender a paz e a segurança, os direitos humanos e a liberdade. O silêncio não é uma opção para mim”, concluiu.