O atual deputado estadual por São Paulo, Eduardo Suplicy, presidente da comissão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) que debate os benefícios da cannabis medicinal para tratamento de saúde, está liderando uma mobilização pela regulamentação e visitando associações cannábicas. Aos 82 anos, Suplicy, diagnosticado com Parkinson, compartilhou sua experiência com a doença em estágio inicial, destacando os significativos benefícios que tem obtido com o uso da cannabis medicinal.

Além de ser o vice-presidente da Frente Parlamentar Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial da Alesp, o deputado petista é um defensor ativo do acesso justo à cannabis medicinal, especialmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Após identificar os primeiros sinais da doença, Suplicy buscou a orientação de especialistas e iniciou o tratamento com cannabis medicinal no início do ano, importando o medicamento. Atualmente, ele relata melhorias significativas, incluindo a redução da dor na perna e a melhoria dos tremores durante as refeições.

O Parkinson de Suplicy é a sexta condição mais prescrita para o uso de cannabis medicinal no Brasil, representando 5,2% do total, de acordo com o relatório anual da Kaya Mind. Um estudo publicado pelo Journal of Psychopharmacology, com colaboração de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destaca a eficácia do canabidiol na melhoria da qualidade de vida em pacientes com Parkinson.

Eduardo Suplicy ressalta a importância de combater o estigma contra a cannabis, enfatizando que ela promove a qualidade de vida para pessoas com diversas condições de saúde, incluindo Alzheimer, ansiedade, artrite, glaucoma, dor crônica, esclerose múltipla, insônia, depressão, esquizofrenia, endometriose, epilepsia, síndrome de Dravet, além das doenças do espectro autista, entre outras.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou um aumento significativo, com 79.995 novos pacientes autorizados a importar produtos à base de cannabis em 2022, quase o dobro do ano anterior.