Incêndios florestais que se intensificaram desde setembro deste ano na Serra de Tepequém, em Roraima, deixa o território em situação alarmante. Moradores locais relatam a escassez de vegetação, condições climáticas secas e uma densa fumaça que tem se espalhado pela região.

Os incêndios têm destruído as montanhas e afugentado a fauna local, enquanto a fumaça toma conta da atmosfera. Os temores dos moradores aumentam com a chegada do período seco, agravado pelo fenômeno El Niño, que tem contribuído para a propagação dos incêndios. Tepequém, conhecida por suas cachoeiras e platôs que chegam a quase 1.022 metros de altura, é uma das joias turísticas do norte de Roraima, atraindo visitantes de todo o país.

As imagens da região mostram pontos turísticos, incluindo o icônico platô, cobertos por uma densa fumaça que emerge das florestas das montanhas. A Defesa Civil de Amajari e brigadistas voluntários têm trabalhado para conter as chamas, mas o efetivo é relativamente baixo. O governo anunciou a contratação emergencial de uma equipe maior.

Moradores, como a guia turística Cleucilene Viana, que vive na região há 12 anos, expressam preocupações quanto à falta de fiscalização e conscientização dos visitantes, que muitas vezes fazem fogueiras na floresta, colocando em risco tanto a natureza quanto as comunidades locais, de acordo com reportagem de Caíque Rodrigues, do G1 Roraima.

A situação na Serra do Tepequém é crítica, e os esforços para combater os incêndios continuam. Embora os bombeiros e brigadistas voluntários tenham controlado os incêndios mais significativos, ainda há focos de incêndio em áreas de difícil acesso que causam a persistente emissão de fumaça, tornando urgente a necessidade de medidas preventivas e de conscientização.

Neste momento, existem focos de incêndios em todos os estados da Amazônia, sendo o Pará, Amazonas, Rondônia e Acre entre os que mais possuem registros. No Amazonas, uma densa fumaça cobriu Manaus após incêndios na região de Autazes, pouco mais de 100 quilômetros da capital.