Imagens de ditadores, como Adolf Hitler e Benito Mussolini, além de fotos do ex-diretor segurando armas de fogo e registros ao lado do clã Bolsonaro, foram encontradas no celular do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, atualmente preso. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas do 8 de Janeiro.

A presença das imagens de ditadores gerou questionamentos sobre as inclinações políticas e históricas de Vasques. Além disso, fotos ao lado do então presidente Jair Bolsonaro e da primeira-dama Michelle Bolsonaro durante as comemorações do Bicentenário da Independência estão sob investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda indevida antes do período eleitoral.

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu as quebras de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de Silvinei Vasques, que haviam sido aprovadas pela CPMI dos Atos Golpistas.

Essa decisão gerou debates e descontentamento da base do governo, visto que a CPMI estava avançando nas investigações relacionadas a atos antidemocráticos.

A CPMI encerrará nesta terça-feira (17), após quase quatro meses e meio de investigações, com a leitura do relatório da senadora Eliziane Gama.

Apesar de fortes indícios de participação de Jair Bolsonaro e do próprio Silvinei Vasques para os acontecimentos golpistas de 8 de janeiros, ainda é incerto se o relatório irá pedir o indiciamento do ex-presidente, ao contrário de Vasques, que é dado como certo como um dos indiciados.

Até o momento, mais de 20 pessoas já foram condenadas a mais de 17 anos de prisão por envolvimento nos atos golpistas.