No último mês, o pregador evangélico Victor de Paula Gonçalves, também conhecido como Victor Bonato, foi preso sob a acusação de estupro de três jovens frequentadoras do movimento religioso “Galpão” em Alphaville, um bairro rico de Barueri, na Grande São Paulo. Em suas redes sociais, o pregador admirador de Jair Bolsonaro faz campanhas religiosas contra o feminismo.

As vítimas, duas estudantes de medicina com idades de 19 e 20 anos e uma empresária de 24 anos, buscaram a Delegacia da Mulher de Barueri em setembro para relatar que Victor Bonato teria se aproveitado de sua posição de influência religiosa para manipulá-las e forçá-las a manter relações sexuais.

A ordem de prisão foi emitida pelo juiz Fábio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri no dia 20 de setembro e prontamente executada pela Polícia Civil. Desde então, Victor Bonato permanece sob custódia policial enquanto as investigações prosseguem.

O magistrado alega que as três vítimas eram frequentadoras assíduas do movimento religioso “Galpão” em Alphaville, onde inicialmente conheceram Victor como uma pessoa religiosa e íntegra. Gradualmente, desenvolveram uma amizade com o influencer religioso, que resultou na frequência à residência dele.

No entanto, o juiz argumenta que Victor teria abordado as jovens com intenções sexuais, o que culminou nas graves acusações de estupro que agora pesam sobre ele.

Um entusiasta de Jair Bolsonaro, o pregador tem em seu perfil do Instagram diversos vídeos em que acusa o movimento feminista, por exemplo, de ser uma tese “satânica”. O pregador, agora preso, também possui vídeos com conselhos sobre como “evitar a imoralidade sexual”, onde lista versículos e doutrinas bíblicas para, segundo ele, se manter “longe do pecado”.