Todos os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu seu voto pela condenação de mais cinco réus envolvidos nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. O julgamento das ações penais teve início na madrugada de hoje, sendo realizado de forma virtual, e se estenderá até o dia 02 de outubro, com a participação de dez ministros aptos a votar.

No seu voto, o Ministro Moraes condenou os réus João Lucas Vale Giffoni, Jupira da Cruz Rodrigues e Nilma Lacerda Alves a 14 anos de prisão, enquanto Davis Baek foi apenado com 12 anos e Moacir Jose Dos Santos foi condenado a 17 anos. Todos os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.

Nesse julgamento virtual, os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico, eliminando a deliberação presencial. O julgamento teve início com o voto do relator, o Ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, os demais ministros proferirão seus votos dentro do prazo estabelecido pelo sistema. Antes do julgamento, os advogados dos réus incluíram vídeos com a gravação da sustentação oral.

Os acusados incluem João Lucas Valle Giffoni, que foi preso dentro do Congresso; Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, presa no Palácio do Planalto; Nilma Lacerda Alves, presa também no Palácio do Planalto; Davis Baek, detido na Praça dos Três Poderes com armamentos; e Moacir José dos Santos, preso no Palácio do Planalto. As defesas dos réus alegaram que eles não participaram das depredações e que estavam no local para manifestações pacíficas ou para se protegerem dos distúrbios.

Há duas semanas, o STF já havia condenado os três primeiros réus envolvidos nos mesmos atos golpistas, demonstrando a continuidade das ações judiciais relacionadas a esse episódio.