Com a cassação, Camilo Cristófaro fica inelegível por oito anos a partir de dezembro de 2024

Foto: Câmara Municipal de São Paulo

A Câmara Municipal de São Paulo cassou, na terça-feira (19), o mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante) devido à quebra de decoro parlamentar relacionada a um áudio vazado no plenário da Casa contendo uma frase racista. A votação registrou um total de 47 votos a favor da cassação e 5 abstenções, sem nenhum voto contrário.

O episódio que levou à cassação ocorreu durante uma sessão remota da CPI dos Aplicativos em maio de 2022, quando Cristófaro foi ouvido dizendo a frase: “É coisa de preto”. Esta é a primeira vez que um vereador perde o mandato por racismo na cidade de São Paulo.

A sessão de cassação foi presidida por Milton Leite (União), vereador e presidente da Câmara, e aconteceu mais de um ano após o incidente. Tanto Cristófaro quanto a vereadora Luana Alves (PSOL), que representou a acusação, não votaram no julgamento. Uma vereadora, Ely Teruel (Podemos), não compareceu.

O relator do caso, vereador Marlon Luz (MDB), recomendou a cassação do mandato de Cristófaro por quebra de decoro, e Luana Alves destacou a importância de repudiar o racismo. Camilo Cristófaro, por sua vez, defendeu-se, acusando manifestantes de serem pagos e fazendo críticas à vereadora Luana.

Com a cassação, Camilo Cristófaro fica inelegível por oito anos a partir de dezembro de 2024.

A decisão da Câmara Municipal de São Paulo representa um marco histórico, sendo a primeira cassação de um vereador na cidade por racismo em 24 anos. A votação ocorreu após protestos pela cassação do vereador do lado de fora da Casa, onde manifestantes expressaram seu repúdio ao racismo.

*Com informações do G1