Até o momento, a Lesa Pátria já cumpriu 78 mandados de prisão; 277 mandados de busca e apreensão; e instaurou 17 inquéritos

Foto: PF

A operação Lesa Pátria entrou em uma nova fase nesta terça-feira (5) e identificou tanto pequenos como grandes financiadores que custearam o transporte dos manifestantes envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Esse financiamento possibilitou a presença em massa dos participantes em Brasília, marcando um dos maiores atos contra a democracia recentemente registrados no país, quando houve a invasão às sedes dos Três Poderes.

A Polícia Federal (PF) está conduzindo buscas nos endereços dos financiadores, além de apreender passaportes, bens e armas, com objetivo de “descapitalizar” essas pessoas a fim de garantir o ressarcimento dos cerca de R$ 40 milhões estimados como prejuízo decorrente dos eventos de 8 de janeiro.

Esta fase da operação Lesa Pátria é considerada de extrema importância pelos investigadores, pois não apenas busca enfraquecer os financiadores, mas também serve como uma ação didática das instituições, ocorrendo na Semana da Pátria, a apenas dois dias do 7 de Setembro.

Cumprimento dos mandados: São Paulo 12; Paraná 6; Mato Grosso do Sul 2; Tocantins 2; Santa Catarina 3; Minas Gerais 26; Ceará 2.

“Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões”, informou em nota a PF referindo-se “à violência e ao dano generalizado” praticado contra “imóveis, móveis e objetos” do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Até o momento, a Lesa Pátria já cumpriu 78 mandados de prisão; 277 mandados de busca e apreensão; e instaurou 17 inquéritos.