Há oito meses, a Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação complexa dos crimes de 8 de janeiro, que abalaram o Brasil. Mais de 2 milhões de rostos foram identificados nas câmeras de monitoramento dos palácios invadidos, revelando a extensão das pessoas investigadas. A análise de mais de 800 celulares e a identificação dos danos às obras de arte estão em andamento.

Este é um dos casos mais complexos, mobilizando peritos de todas as áreas da perícia, apontou a PF. Para se ter uma ideia, a PF conseguiu identificar os movimentos de cada um dos envolvidos nas depredações.

A investigação é altamente detalhada, com análises minuciosas das imagens e vídeos para entender a dinâmica dos crimes. Equipamentos especiais, como drones e câmeras 360 graus, foram usados para documentar o local dos incidentes. Mais de 100 peritos estão envolvidos na busca por materialidade, autoria e dinâmica dos eventos, tornando essa operação única em sua complexidade.

O diretor do INC enfatiza que não há prazo para concluir a investigação, destacando a importância de buscar a verdade sobre os eventos de janeiro para a democracia brasileira.

“É um trabalho de reconstrução. O trabalho continua, principalmente na busca pelos elementos audiovisuais e no setor da informática. Mas a gente segue à disposição de tudo o que a investigação demandar”, disse o diretor do INC, em entrevista à Agência Brasil. Ele participou, nesta semana, em Brasília, do InterForensics, o maior evento de ciências forenses da América Latina.