A investigação, que está em curso, concentra-se em um inquérito que alega a existência de um esquema de venda ilegal de joias e artigos de luxo pertencentes à União

Ministro Alexandre de Moraes é relator do processo dos atos antidemocráticos. Foto: Divulgação/Secom/TSE

O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o aval para um pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal (PF). O objetivo é buscar a quebra do sigilo bancário das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.

A investigação, que está em curso, concentra-se em um inquérito que alega a existência de um esquema de venda ilegal de joias e artigos de luxo pertencentes à União. O propósito desse esquema seria favorecer o enriquecimento pessoal do ex-chefe do Executivo.

Além dos nomes já mencionados, o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, também está no radar das investigações. Caso haja a identificação de contas nos Estados Unidos em seu nome, seu sigilo bancário também poderá ser quebrado. No decorrer da última sexta-feira (11), operações de busca e apreensão foram realizadas em endereços associados a aliados e indivíduos ligados ao ex-presidente.

As autoridades estão focadas não apenas nos indivíduos envolvidos no suposto esquema, mas também no rastreamento das joalheiras que tiveram participação na comercialização das peças. Especial atenção está sendo dada a um relógio de platina incrustado com diamantes, que teria sido presenteado por sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial em 2019.

A Polícia Federal alega que o relógio foi vendido nos Estados Unidos por mais de U$S 68 mil, aproximadamente R$ 346 mil, em junho do ano passado.