Há indícios que Bolsonaro tenha se beneficiado ilegalmente

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A medida decorre do pedido efetuado pela Polícia Federal (PF) na semana passada, no contexto das investigações em andamento sob a alcunha de Operação Lucas 12:2. Há indícios que Bolsonaro tenha se beneficiado ilegalmente.

O objetivo da investigação é apurar suspeitas de operações ilícitas envolvendo uma organização criminosa que desviou e comercializou presentes recebidos por Jair Bolsonaro de autoridades estrangeiras.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determina que presentes provenientes de governos estrangeiros devem ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor responsável pela guarda de tais itens na Presidência da República. Conforme as regras, esses presentes não podem ser mantidos como parte do acervo pessoal do ex-presidente Bolsonaro, e é fundamental que sejam devidamente catalogados.

As informações colhidas até agora apontam que os desvios em questão teriam se iniciado em meados de 2022 e se estendido até o início deste ano. Entre os nomes envolvidos nas averiguações destacam-se Mauro Cid, um ex-auxiliar próximo a Bolsonaro, e seu pai, o general do Exército Mauro Lourena Cid.