No encerramento da 7ª edição da Marcha das Margaridas, realizada na quarta-feira (16), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a criação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, atendendo ao terceiro dos 13 eixos de reivindicação pautados pelas trabalhadoras do campo. As ações de governo serão coordenadas pelo Ministério das Mulheres, com o objetivo de prevenir as mortes violentas de mulheres.

A primeira medida do pacto, apresentada pela pasta das mulheres, será a entrega de 270 unidades móveis para atendimento direto de acolhimento e orientação às mulheres. Serão entregues 10 carros para deslocamento das equipes de atendimento e para transporte de equipamentos. O Ministério vai encaminhar a aquisição de barcos e lanchas para as mulheres das florestas, das águas e do Pantanal.

O Pacto conta com um comitê gestor que, além do Ministério das Mulheres, conta com os ministérios da Igualdade Racial; Povos Indígenas; dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Justiça e Segurança Pública; da Saúde; da Educação; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; de Gestão e Inovação em Serviços Públicos; do Planejamento e Orçamento; e Casa Civil da Presidência da República.

Durante a Marcha, o governo anunciou outras medidas que vão ao encontro das reivindicações das trabalhadoras rurais, como a criação do Fórum Nacional Permanente de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas e o Fórum para a Promoção de Estratégias de Fortalecimento de políticas públicas de autonomia econômica e cuidado com mulheres da pesca, aquicultura artesanal, marisqueiras e outras trabalhadoras das águas.

Uma parceria firmada com os Correios garante às mulheres o envio de cartas ao canal de denúncias Ouvidoria Mulheres sem custo de remessa.

Com informações da Agência Brasil.