O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indiciado por tentar reverter de forma ilegal as eleições presidenciais de 2020, que foram vencidas pelo democrata Joe Biden. Ele precisará se apresentar à Justiça na quinta-feira (3), em Washington D.C.

A acusação é resultado das investigações sobre a invasão do Congresso americano em 6 de janeiro de 2021, quando a vitória eleitoral de Biden estava sendo formalmente certificada. A multidão de apoiadores de Trump interrompeu a sessão e ameaçou o então vice-presidente Mike Pence por ele se recusar a reverter o resultado das urnas.

As conspirações para cometer crimes incluem fraude, obstrução de procedimento oficial e conspiração contra os direitos dos americanos. Além disso, Trump também responderá a uma acusação de obstrução ou tentativa de obstrução de um procedimento oficial.

A promotoria alega que o ex-presidente sabia que suas alegações sobre as eleições eram mentiras, mas ele as repetia para criar desconfiança e raiva, corroendo a confiança pública no processo eleitoral. A acusação foi liderada pelo promotor Jack Smith, que ressaltou o ataque de 6 de janeiro como um ataque sem precedentes à democracia.

Outros processos na Justiça federal e estadual também enfrentados por Donald Trump incluem acusações por posse indevida de documentos sigilosos e um processo em Nova York relacionado à suposta compra de silêncio de uma atriz pornô durante as eleições de 2016. Há ainda a possibilidade de ser acusado formalmente na Justiça do estado da Geórgia por tentar adulterar o resultado da votação naquele estado.

Outros processos na Justiça:

  • Posse indevida de documentos sigilosos (Justiça Federal);
  • Processo em Nova York relacionado à compra de silêncio de uma atriz pornô durante as eleições de 2016 (Justiça Estadual de Nova York);
  • Possibilidade de acusação na Justiça do estado da Geórgia por tentativa de adulteração do resultado da votação (Justiça Estadual da Geórgia).