Com bons incentivos, há uma grande chance de o Brasil ser a sede da Copa, em 2027

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Por Gabriela Nascimento 

Neste ano de 2023, a Copa do Mundo Feminina de Futebol está em sua nona edição e já é considerada uma Copa do Mundo histórica, batendo novos recordes  tanto na venda de ingressos como no número de pessoas acompanhando as transmissões, via televisão e streaming. A competição, neste ano, conta com mais investimentos e visibilidade. Além disso, as mudanças realizadas devem afetar, diretamente, a audiência, que promete ser a maior de todas as Copas, mobilizando, assim, outros públicos.

Durante a Copa, o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou o decreto de ponto facultativo em dias de jogos da seleção brasileira. Essa medida, que já é bem conhecida na modalidade masculina, até então, era incomum na feminina. O Governo Federal está empenhado em diminuir ataques e aumentar a igualdade entre as modalidades. 

“Acho que é realmente a vanguarda de enxergar homens e mulheres de forma igual. Se fosse a Copa masculina, nós teríamos o ponto facultativo. A Copa Feminina precisa ter o olhar do Brasil para, realmente, apoiar as nossas jogadoras”, declarou a Deputada Celina Leão.

Nesta edição da Copa, surgiram grandes aliados a fim de combater a desigualdade, o preconceito e  o machismo.  Pensando em fortalecer, ainda mais, essa ideia, o Governo Federal publicou o Decreto 11.458/2023, que estabelece a  Estratégia Nacional para o Futebol Feminino. Essa medida tem como intuito promover e incentivar a inserção e a manutenção de meninas e mulheres no futebol. Esse é um mecanismo para enfrentar a falta de incentivos à profissionalização, a discriminação sexual e o assédio.

Foto: Lucas Figueiredo

No Decreto, estão sendo definidos critérios para ampliar a permanência das atletas nos clubes, como o número mínimo de contrato e o número maior de atletas amadoras nas competições.

O Brasil é considerado o país do futebol, mas, para as mulheres, esse cenário era diferente. Em 1941, surgiram medidas que as proibiam de praticar esportes, e elas só puderam voltar a jogar na década de 80.

Desde então, as mulheres têm lutado por igualdade e melhorias na modalidade. Portanto, com bons incentivos, há uma grande chance de o Brasil ser a sede da Copa, em 2027. A equipe tem buscado reconhecimento no futebol brasileiro. Além disso, neste ano, a seleção tem se empenhado na busca do título inédito. A Ministra do Esporte, Ana Moser, informou que, além de promover a visibilidade para o futebol feminino da América do Sul, a candidatura do Brasil trará novas ações relacionadas à política de igualdade de gênero e de combate ao racismo. “O objetivo do Ministério do Esporte é entregar um futebol feminino mais forte e poderoso depois dessa experiência”, disse.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube