“Eu precisava achar um país que me aceitasse como um ser humano sem documento”.

Imagine que você está em casa jantando com sua família, e uma bomba cai na casa vizinha. Todos se levantam com o barulho, e um segundo explosivo atinge exatamente onde estavam. A única decisão é pegar o que consegue e com pressa fugir, mas para onde? Você é professor, jornalista, e um carro com pessoas armadas te sequestram.

Seu país vive em disputa política que escalou para muita violência entre os grupos há muitos anos. Você defende os direitos humanos, a educação, as mulheres, e por isso vai preso constantemente. Um dia, um grupo de paramilitares te enfilera com mais um grupo de homens e atiram. Paredão de fuzilamento mesmo. Mas um soldado te reconheceu, lembrou que você foi professor de seu sobrinho, e era muito querido por ele. Ele atira, mesmo assim, e por um milagre, você sobrevive, e é encontrado por um médico brasileiro na vala comum com outros corpos e uma bala que ficou alojada no seu pulmão.

Essas são somente algumas das milhares de histórias de pessoas que conseguiram sse reerguer e ter de volta dignidade por causa do Instituto Adus, uma organização que atua há 12 anos ajudando pessoas refugiadas que chegam no Brasil a se reintegrar à uma sociedade, no caso a brasileira, e eles querem seu apoio para continuar esse trabalho. A ONG foi fundada por um neto de refugiado, Marcelo Haydu, que cresceu ouvindo histórias de como o avô sérvio fugiu da ex-Iugoslávia em um porão de navio, e ao conviver com refugiados congoleses, viu de perto a dificuldade de começar do zero, em outro país, sem contatos e sem conhecer sequer o idioma. Em 2010, o Instituto Adus de reintegração de refugiados foi fundado, porque a busca por refúgio não é uma escolha. É um direito.

Hoje, o Adus oferece orientação jurídica, capacitação, intermediação junto a empresas para colocação profissional e ensino de português, além de ser responsável pela escola de idiomas Unno, onde professores refugiados ministram aulas de inglês, francês e espanhol. Muita gente conseguiu se reerguer com a ajuda dessa galera incrível que é cuida da organização, e agora eles precisam de sua ajuda!

Tem bastante refugiado chegando no Brasil, já são mais de 60 mil pessoas com refúgio reconhecido só em nosso país, de 164 nacionalidades, e somente em 2022 foram 49.507 solicitações de refúgio. Por isso, o Adus tem uma campanha de financiamento para continuar a fazer o seu trabalho, cuidando de pessoas que são obrigadas a saírem de seus países por causas diversas, como perseguição, conflitos armados e violações de direitos humanos. Para ajudar o Instituto Adus basta acessar adus.colabore.org e se torne um amigo Adus, com doação única ou mensal. No site da organização mostra outras formas de apoio, se quiser auxiliar, clique aqui.