A Islândia aprovou, com maioria expressiva, uma lei que proíbe a prática de terapias de conversão baseadas em identidade de gênero, orientação sexual e expressão de gênero, na última sexta-feira (9). Por meio desta lei, o país nórdico se junta ao Brasil, Canadá, Equador, Espanha, Alemanha, França, Malta e Nova Zelândia na proibição destas práticas nocivas às comunidades LGBTQIAPN+.

Com 53 votos e três abstenções, o projeto de lei não recebeu nenhum voto contrário à sua implementação.

“Esta proibição de todas as práticas de conversão é um lembrete importante de que o progresso legal vital para todas as pessoas LGBT+ não é uma questão controversa para aqueles que centram a justiça e a compaixão em suas políticas”, disse a primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, ao Pink News.

De acordo com o portal, atualmente a Islândia criminaliza a LGBTfobia, reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo, garante o direito a adoção por pessoas LGBTQIAPN+ e permite retificação de gênero em documentos oficiais sem a necessidade de intervenções médicas, além de possibilitar o marcador “X” para pessoas que não se identificam com gêneros binários. Estas garantias de direitos às pessoas das comunidades, colocou o país na 90ª posição do índice global de direitos LGBTQIAPN+ da Equaldex, posição que deve ser atualizada após a aprovação desta nova legislação.

“Durante o que só pode ser descrito como uma reação concentrada contra os direitos trans e LGBT+ em geral, envia uma forte mensagem de que o progresso pode ser alcançado e que, no final, a justiça prevalecerá sobre o preconceito”, afirmou Katrín, sobre a conquista do país frente aos ataques globais contra as comunidades.