A PF procura identificar o responsável pela elaboração dos estudos e quem eles se destinam

Foto: Alan Santos/PR

Investigadores da Polícia Federal (PF) fizeram uma descoberta alarmante no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o coronel Mauro Cid. Foram encontradas uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e “estudos” que, segundo a investigação, tinham como objetivo apoiar um golpe de Estado possível. O material estava em mensagens trocadas com o sargento Luis Marcos dos Reis, preso durante uma operação que investigava fraudes em cartões de vacinação.

Diante desses evidências, Cid compareceu à sede da PF em Brasília para prestar depoimento. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, autorizou seu interrogatório, afirmando que o ex-ajudante de ordens buscava suporte jurídico e legal para a execução de um golpe. Durante o interrogatório, Cid optou por permanecer em silêncio.

A PF procura identificar o responsável pela elaboração dos estudos e quem eles se destinam. No entanto, até o momento, não há indícios de que o material tenha sido enviado a Bolsonaro através do celular de Cid. Os documentos encontrados durante o inquérito dos cartões de vacinação resultaram em um novo inquérito, que apura a participação desse grupo nos preparativos para um golpe de Estado.

Esses acontecimentos evidenciaram a existência de um contexto preocupante, no qual foram evidenciados planos para minar a ordem democrática no Brasil. O depoimento de Cid e as continuidades das questões visam esclarecer os envolvimentos de outras pessoas e desvendar possíveis ameaças à estabilidade institucional do país.