Pia Sundhage recebe camisa em homenagem aos seus 50 jogos no comando da Seleção Feminina Principal. Fotos Thais Magalhães/CBF

Pia Mariane Sundhage, nasceu no dia 13 de fevereiro de 1960, em Ulricehamn, na Suécia. Como jogadora, Pia atuou de 1978 até 1996, mas entrou de vez nos holofotes quando começou sua carreira como treinadora. Em 2003 ela teve sua estreia na casamata, quando comandou o Boston Breakers, dos Estados Unidos.

Ainda sem ter resultados de expressão, Pia Sundhage começou a chamar atenção quando entrou para o comando técnico da Seleção Feminina dos Estados Unidos. Lá ficou durante quatro anos, e conquistou dois ouros olímpicos, em 2008 e 2012, e uma Copa do Mundo Feminina, em 2011. Ainda na seleção norte-americana, foi nomeada a melhor treinadora do mundo, em 2012.

Seu excelente trabalho pelos Estados Unidos chamou atenção da Seleção Sueca de Futebol Feminino. Honrada em receber o convite para comandar a seleção de seu país de origem, Pia conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos Rio 2016, passando por Estados Unidos e Brasil. Contudo, acabou sendo derrotada pela Alemanha na final por 2 a 1.

Em 2019, a treinadora assumiu a Seleção Brasileira, talvez seu maior desafio da carreira. O primeiro grande desafio de Pia foi preparar a equipe para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (2021), onde teve uma precoce eliminação nas quartas de final diante do Canadá nos pênaltis. Com seu contrato renovado até as Olímpiadas de Paris 2024, Pia teve tempo de fazer diversos testes e ter como objetivo a Copa do Mundo deste ano.

No início de abril a seleção teve dois grandes testes em que ambos os resultados surpreenderam o público e até mesmo profissionais da área. O Brasil enfrentou a Inglaterra pela Finalíssima, partida que reuniu o campeão sul-americano e o campeão da Eurocopa, infelizmente a derrota veio nos pênaltis, mas o que deixou o torcedor brasileiro empolgado foi o segundo tempo da partida onde o Brasil comandou o jogo e conseguiu o empate. Cinco dias depois a grande adversária foi a Alemanha, e a expectativa era ver qual ‘Brasil’ Pia iria levar para o jogo, o Brasil do primeiro tempo contra a Inglaterra ou o que comandou a etapa final da Finalíssima. Com uma apresentação de gala a seleção brasileira saiu vitoriosa do confronto por 2 a 1, com a melhor atuação da equipe na “Era Pia Sundhage”.

Pia Sundhage será a décima segunda jogadora da Seleção Brasileira no Mundial, ela transformou e está transformando o futebol da equipe. Somente uma comandante com grandes títulos seria capaz de aprimorar uma seleção em desenvolvimento e que carrega o nome da maior jogadora do mundo. Apertem os cintos, pois o Brasil vai para incomodar na Copa do Mundo de 2023.