Na lista de 13 propostas, Lula lembra que o maior compromisso é construir um Brasil mais igualitário, sem fome, sem pobreza, com bons empregos e salários, priorizando as pessoas que mais precisam

Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou, nesta quinta-feira (27), uma carta aberta em que se compromete em combinar “política fiscal responsável” com “responsabilidade social e desenvolvimento sustentável”. O documento, chamado de “Carta para o Brasil de amanhã”, tem 13 pontos que pretende implementar a partir de janeiro do próximo ano.

A três dias do segundo turno, a carta apresenta por escrito o compromisso urgente que o governo Lula terá para o resgate de 33 milhões de pessoas que passam fome e outras 100 milhões que estão na situação de pobreza. “A democracia só será verdadeira quando toda a população tiver acesso a uma vida digna, sem exclusões”.

Como já havia registrado em seu plano de governo, Lula afirma que debaterá com empresários, governos e trabalhadores a construção de “uma Nova Legislação Trabalhista que assegure direitos mínimos – tanto trabalhistas como previdenciários – e salários dignos, assegurando a competitividade e os investimentos das empresas”. “Vamos também criar o Empreende Brasil, com crédito a juros baixos para os batalhadores das micro, pequenas e médias empresas. Nosso Brasil será o país da inovação”.

A carta destaca a importância dos bancos públicos, como o BNDES, assim como de empresas estratégicas, como a Petrobras, num ciclo virtuoso para dinamizar a economia com investimentos públicos e privados e também por meio de estímulo ao cooperativismo e à economia solidária e popular. “A roda da economia vai voltar a girar e o povo vai voltar e ser incluído no orçamento”.

‘Brasil mais igualitário’

Na lista de 13 propostas, Lula lembra que o maior compromisso é construir um Brasil mais igualitário, sem fome, sem pobreza, com bons empregos e salários, priorizando as pessoas que mais precisam.

Para que isso aconteça, o projeto prevê um salário mínimo forte, com crescimento anual acima da inflação, Bolsa Família de R$ 600 com acréscimo de R$ 150 por criança de até seis anos, e o ‘Desenrola Brasil’, programa de renegociação de dívidas para limpar os nomes de devedores no Serasa e SPC, além de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, acompanhada de reforma tributária.

A carta relaciona também as principais propostas para questões fundamentais, como educação, saúde, cultura, direitos humanos e cidadania, sustentabilidade e transição ecológica.

No documento, o ex-presidente contextualiza o momento político do Brasil, com os direitos, as instituições e as liberdades democráticas sob forte ameaça e reafirma seu compromisso com a democracia. “Somente a democracia pode garantir os direitos da cidadania, condições de vida com dignidade para a população e as conquistas da sociedade”.

Lula também afirma que vai descontinuar medidas da política armamentista de Jair Bolsonaro. “Vamos revogar decretos e portarias que permitiram o acesso irrestrito às armas, especialmente aqueles que estão armando o crime organizado. Enfrentaremos o aumento alarmante de casos de feminicídio e a violência contra a juventude negra, especialmente nas periferias”.

O ex-presidente também faz menção à proposta de Simone Tebet, sobre igualdade salarial para homens e mulheres que exerçam os mesmos cargos. Outra proposta encampada pela senadora emedebista aglutinada na carta de Lula é o fim das filas de consultas, exames e cirurgias que não foram realizados na pandemia.

Com informações da Agência Estado

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