Outubro Rosa de 2022: a vida das mulheres importa, para quem?
Atenção mulheres: entre os dois candidatos presidenciais, há um que não se importa com você
Por Bella Gonçalves
Este é um outubro atípico: em pleno mês dedicado à prevenção do câncer de mama, temas relacionados à proteção à vida das mulheres ocupam o debate público da campanha eleitoral no Brasil. Isso porque entre os candidatos, figura aquele conhecido por atacar pública e descaradamente às mulheres e sua luta por igualdade e respeito.
O Governo Federal enviou ao Congresso um projeto de orçamento para 2023 com um corte de 45% dos recursos destinados ao fundo de programas essenciais para prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Para onde foi o dinheiro? Para sustentar o Orçamento Secreto, um esquema bilionário de compra de apoio parlamentar criado pelo governo Bolsonaro.
Não é novidade para ninguém que Bolsonaro e seu governo são responsáveis por milhares de mortes evitáveis durante as fases mais agudas da pandemia. Na conta dele, pesará também as mortes de dezenas de mulheres pela dificuldade de acesso à saúde, graças aos cortes orçamentários do atual governo, que só se preocupa com as eleições.
Mas qual a situação das mulheres que enfrentam o câncer de mama no Brasil? No Brasil, todos os anos, são diagnosticados 66 mil novos casos e cerca de 18 mil mortes. O Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta uma fila para o agendamento de mamografias de seis a oito meses.
Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Avon, intitulada “Panorama do Câncer de Mama”, mais da metade das pessoas acometidas por câncer de mama no país recebem o diagnóstico da doença com um quadro já avançado, o que prejudica enormemente o tratamento. Isso sem falar nas dificuldades cotidianas de acesso à saúde enfrentadas pelas mulheres, como a liberação de trabalhadoras em seus locais de trabalho para a realização de exames. O instituto trabalhou com dados do DATASUS no período de 2015 a 2021.
Neste Outubro Rosa de 2022, além do trabalho de conscientização e prevenção do câncer de mama, para garantir o direito ao diagnóstico e ao tratamento adequado, precisamos pôr um fim ao governo de morte de Bolsonaro e sua turma. No dia 30, votar em Lula é votar pela vida das mulheres.