“Precisamos ter humanidade”. Eliane Xunakalo quer trazer equilíbrio e direitos em Mato Grosso
“Colocar a política no nosso linguajar, na nossa forma de pensar, que é um pouco diferente da sociedade em geral”, Eliane Xunakalo entende a essencialidade de ter indígenas nos espaços políticos
“Aldeiar a política é fazer com que a política também se torne parte dessa grande aldeia, que é o movimento indígena.” Advogada, mãe, ativista pelos direitos indígenas, Eliane Xunakalo, do povo Bakairi, da Terra Indígena Santana no Mato Grosso, quer colocar a visão e os pontos de vista dos povos indígenas no fazer político. Ela está candidata para defender os direitos dos povos indígenas, e assegurar os que já tem. Ela vê a discriminação e falta de recursos financeiros para poder visitar as 86 terras de 43 povos indígenas como alguns de seus grandes desafios. Eliane destaca o preconceito de quem não conhece povos indígenas.
“O mundo enfrenta mudanças climáticas, porque tudo gira em torno do clima. Se você não tiver um regime de chuva muito bem estabelecido, você não tem como plantar, você não tem como produzir”. Essa é uma realidade não somente para povos indígenas mas para todas e todos que trabalham no campo, além de influenciar na política, no mercado e na economia, como pontua Eliane Xunakalo. Importante lembrar que os povos indígenas são os verdadeiros guardiões da Amazônia de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
“Eu diria que é necessário que o mundo nos ouça. É necessário que a gente se enxergue enquanto irmãos. Precisamos ter humanidade.” Eliane vê que hoje somos humanos sem humanidade, e esse resgate deve ser feito, se conectando a tudo que está ao redor e trazendo equilíbrio, tanto ambiental quanto espiritual. E essa é uma das razões pelas quais ela se coloca para ocupar um espaço político, para poder atuar em prol desse equilíbrio que as sociedades precisam.
“Nós mulheres indígenas sabemos das nossas necessidades. (…) e a gente tem um olhar transversal sobre as nossas comunidades. Então é primordial a gente ocupar esses espaços políticos para que a gente possa construir de fato algo que atenda não só a nossa comunidade, mas todos os povos indígenas e também a sociedade em geral”
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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