Como uma história que é comum nas periferias do Brasil, Adriana Souza engravidou cedo, quando estava cursando a faculdade, e precisou trancar o curso. De Contagem, Minas Gerais, é uma mulher negra, periférica, mãe e professora, e retomou os estudos, fruto de políticas públicas como o ProUni. Ela traz em seu projeto a importância de representatividade, do povo se ver nos espaços de poder. “Então quando a gente quer,em função de debater, por exemplo, apenas a desigualdade social, sem pensar nessa perspectiva da raça e do gênero, na verdade, a gente vai continuar invisibilizando esse debate que nos impede de assumir esses espaços de poder.”

Adriana começou sua militância jovem, aos 15 anos foi presidente do grêmio de sua escola e seguiu engajada até sua gravidez, quando, além de trancar seu curso universitário, se dedicou à maternidade. Assim que retomou seus estudos, a militância voltou também. Ela afirma que não tinha pensado em se candidatar até 2016, quando fez isso pela primeira vez, e explica porque isso não passava pela sua cabeça antes. “Quando você passa a militar em um partido, essa perspectiva eleitoral ela fica muito longe das mulheres, e geralmente a gente se organiza, carrega bandeira, organiza as reuniões, pensa, faz os materiais, escreve. Mas estar à frente desse processo geralmente são os companheiros homens que estão. (…) Embora a gente saiba dos enormes desafios que é para as mulheres enfrentar as eleições, já que nós não somos, de maneira nenhuma, a prioridade em nenhum dos partidos, nem mesmo os partidos de esquerda.”

“Quando a gente fala de mudar a fotografia do poder, não é uma questão de cor, não é só uma questão de gênero, é uma questão de identidade das pessoas e da população brasileira.” O povo não se vê representado por homens brancos e velhos, e é preciso trazer o entendimento que não é uma questão de idade, mas de que é preciso mudar quem detém a tomada de decisões sobre grande parte da população, que não se enxerga nesses espaços. E para isso, nada melhor do que ocupá-los, colocar-se como opção política que está conectada com os movimentos, com as organizações, com o dia a dia do povo.

“E quando a gente pega o percentual e a gente vê que 63% das famílias que estão abaixo da linha da pobreza são chefiadas por mulheres sozinhas, negras e periféricas, a gente sabe do que a gente está dizendo, então é essa população que precisa se ver representada.”

Campanha de Mulher

Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.

A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.

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