Da quebrada pra política, Iza Lourença disputa vaga na Câmara Federal
Mãe de uma menina de 2 anos, bissexual, ativista pelo direitos das mulheres e da juventude, começou na política aos 17 anos através do movimento estudantil
Iza Lourença é graduada em Comunicação Social pela UFMG, atuou como metroviária e cresceu na região do Barreiro, periferia de Belo Horizonte, local onde desenvolveu sua militância. Criou um cursinho popular no bairro e começou a desenvolver movimentos territoriais.
Mãe de uma menina de 2 anos, bissexual, ativista pelo direitos das mulheres e da juventude, começou na política aos 17 anos através do movimento estudantil. Hoje ela luta para ser eleita deputada federal e defende que dentre os 53 representantes mineiros na Câmara dos Deputados, a cadeiras negras se mantenham e se ampliem.
“Nesse momento de retomada democrática do Brasil, a gente também disputar essa democracia, pra ser uma democracia com a nossa cara, o nosso povo”
Das últimas eleições carrega vitórias. Em 2018 foi a 3ª candidata mais votada do Psol e ajudou a eleger Andreia de Jesus para a Assembleia Estadual. Em 2020 liderou a votação do partido e entrou para a Câmara Municipal, onde pisou pela primeira vez como ativista durante os protestos contra o aumento da passagem de 2013 e, agora, atua como vereadora.
Seu mandato é pautado pela auto-organização. Sua atuação parlamentar busca ser um ponto de apoio para os movimentos sociais e a de parte da população excluída da política e dos processos de decisão, trabalho que pretende continuar fazendo em âmbito federal.
Iza conta que se inspira nas lideranças comunitárias que desenvolvem trabalho na base a partir da auto-organização e cita exemplos de mulheres como sua mãe e outras lutadoras. “Essa solidariedade feminista de quebrada que a gente tem nas bases da nossa sociedade precisa se refletir na política institucional.”
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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