Carmen Silva, a líder da Ocupação Nove de Julho quer conquistar a ALESP
Professora, urbanista e cofundadora do MSTC, e da Ocupação 9 de Julho, Carmen Silva (PSB) é candidata a deputada estadual por SP
Em um dos estados que mais vê crescer o número de moradores de rua, resultado da falta de políticas públicas de moradia, Dona Carmen é candidata a deputada estadual pelo PSB
Filha de uma trabalhadora doméstica e de um militar, Carmen, nasceu em São Estevão, na Bahia. Seguiu o caminho de milhares de brasileiros, se mudou para São Paulo para fugir da violência doméstica que sofria e o que encontrou foi uma cidade hostil e muita desigualdade.
“Quando eu vim da Bahia, tive que morar um ano nas ruas de São Paulo. Passava o dia andando a pé pela cidade e à noite ia dormir em um albergue da prefeitura. O povo acha que sem-teto é só quem mora na rua, né? Nada disso. Todo mundo que não tem moradia própria está sem teto.”, contou em uma entrevista ao Ecoa.
Foi então que entrou para o movimento luta por moradia, de onde nunca mais saiu e se tornou uma das principais lideranças. Cofundadora do Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), possui reconhecimento nacional e internacional por sua atuação junto aos movimentos sociais. É também co-fundadora da Ocupação 9 de Julho, um dos maiores quilombos urbanos, no coração de São Paulo.
“A minha luta sempre foi forjada no direto à moradia. Eu sempre discuto sobre ações urbanistas integradas: saúde, cultura, educação. O que eu quero deixar é um legado de inclusão, onde todos e todas podem ser ouvidas”, afirma Carmen.
Para dar continuidade à sua luta, agora busca um novo desafio, levar as demandas do movimento e também das mulheres negras, para as instâncias institucionais. Uma das principais lutas de Carmen na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, caso seja eleita, será trabalhar para reduzir a desigualdade social, de maneira urgente.
Dentre as bandeiras defendidas por Carmen também está o combate à criminalização dos movimentos sociais, já que viveu na pele essa perseguição do Estado contra quem luta por mais direitos. Tanto Carmen como sua filha Preta Ferreira já foram presas injustamente em processos que buscavam deslegitimar seu trabalho frente à ocupação que lidera.
Como mulher independente, mãe de 8 filhos, professora e urbanista, Carmen quer deixar é um legado de diálogo e de inclusão. “O que eu estou trazendo na minha campanha é a participação de todos. Um Brasil mais justo e acolhedor.”
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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