2ª edição do Festival FIXE começa nesta quinta (25), com programação presencial e on-line
Evento conta com a Mostra FIXE de Cinema Lusófono, que exibe 11 longas e 12 curtas
Com uma programação que mistura cinema, música, artes visuais, teatro, literatura, moda e gastronomia, o Festival FIXE chega a sua segunda edição unindo, mais uma vez, os países que falam português: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e Timor-Leste. O evento lusófono acontece de 25 a 31 de agosto em formato presencial (SP), seguindo com uma programação especial e on-line até 15 de setembro.
O cinema ganha destaque nesta segunda edição, com a Mostra FIXE de Cinema Lusófono, que acontece presencialmente no espaço Petra Belas Artes, em São Paulo, e on-line através das plataformas de streaming Belas Artes À la Carte (com filmes de longa-metragem e média-metragem) e na Cardume (com filmes de curta-metragem). Neste ano, o evento eleva obras de novos artistas de países africanos e de sua diáspora no Brasil e em Portugal, que puderam inscrever suas obras para a mostra.
No total, foram selecionados 23 filmes para a mostra, 11 longas-metragens e 12 curtas-metragens.
Na lista de longas estão: “Fios de Alta Tensão”, de Sergio Gag (Brasil); “Sombras do Poder”, de Nilton Daniel de Almeida Medeiros (São Tomé e Príncipe); “Pra Lá de Meus Passos”, de Kamy Lara, Geração 80 (Angola); “Dorivando Saravá, O Preto Que Virou Mar”, de Henrique Gilberto Mendes Dantas (Brasil); “Ar Condicionado”, de Fradique, Geração 80 (Angola); “Serviçais das memórias à identidade”, de Nilton Daniel de Almeida Medeiros (São Tomé e Príncipe, Portugal); “Visões do Império”, de Joana Pontes (Portugal); “Servidão”, de Renato Barbieri (Brasil); “Descarte”, de Leonardo Brant (Brasil); “Alcindo”, de Miguel Dores (Portugal); e “Trem do Soul”, de Clementino Junior (Brasil).
Já na lista de curtas, os filmes selecionados foram: “Tecido, Sigilo”, de Lucilio Bota (Brasil); “1999”, de Hugo Salvaterra, Geração 80 (EUA, Angola); “Interrogação (ou Psicopata Legalizado)”, de Moisés Pantolfi (Brasil); “Não Olhes, Senão Vês”, de Fradique, Geração 80 (Angola); “Bonita”, de Mariana França de Lima (Brasil); “Conexão Entre Mundos”, de Wagner Mazzega (Brasil); “Sinédoque do Silêncio”, de Gil Nota (Moçambique); “Cercas”, de Ismael Moura (Brasil); “O Teste da Farinha”, de Victor Fraga (Reino Unido, Brasil); “Tambor ou Bola Final”, de Sérgio Onofre (Brasil); “Lúcia No Céu Com Semáforos”, de Ery Claver, Geração 80 (Angola); e “Periferias”, de Fernanda Maria de Almeida (Brasil).
No ano em que o Brasil completa 200 anos de independência, o Festival FIXE mantém seu olhar crítico e contemporâneo, que busca base conceitual nos estudos de decolonidade de pensadores racializados como nativos indígenas, de África e pertencentes à diáspora africana, para perguntar “que independência é essa?”, já que o passado ainda se faz presente na forma em que nossa sociedade segue estruturada.
Debruçando-se nesta questão, outro ponto alto do evento é o debate (31/8) com o tema “200 anos de independência de que?”, que contará com as ilustres participações de Sônia Guajajara, Victor Fraga (diretor de “A Fantástica Fábrica de Golpes”), Bruno Ramos (articulador Nacional do Funk e Colunista Mídia NINJA), Marielle Ramires (Mídia NINJA), com mediação de Bia Nogueira (artista, ativista e produtora IMUNE).
Grande parte das atividades presenciais será gratuita. Algumas terão preços populares que variam entre R$ 7,50 a R$ 30. A programação completa pode ser conferida no site do festival. Os ingressos antecipados podem ser adquiridos aqui.
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