19 de junho: Dia do Cinema Brasileiro
Para comemorar a data especial, confira algumas obras essenciais para assistir e enaltecer nossa indústria cinematográfica
Hoje (19/06) é um dia muito especial para a cultura nacional. Nesta data, comemoramos o Dia do Cinema Brasileiro. E não faltam motivos para celebrar este marco da sétima arte, já que somos um país de produções cinematográficas riquíssimas e de qualidade indiscutível – apesar dos problemas que a cultura, sobretudo o cinema, sofre no Brasil.
A escolha desta data tem relação ao que teria sido o primeiro dia em que foram feitas gravações com tecnologia cinematográfica no país. Imagens gravadas em um navio vindo da França, em 1898, pelo italiano Afonso Segreto, registraram as paisagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Porém, alguns historiadores contestam este dado, afirmando que na verdade, as primeiras imagens cinematográficas feitas em terra brasileira, foram feitas em 1897, em Petrópolis, pelo americano Thomas Edison.
Ao longo dos anos, o cinema brasileiro foi ganhando forma, passando por diferentes fases e movimentos, e claro, produzindo obras importantíssimas para sua trajetória cinematográfica.
Dos clássicos aos contemporâneos, das grandes produções às independentes, são inúmeros filmes que fazem parte da filmografia nacional. Confira alguns títulos indispensáveis do cinema brasileiro, que todos deveriam assistir em algum momento da vida.
Rio, 40 graus (1955) – Filme de Nelson Pereira dos Santos, que aborda o dia a dia no Rio de Janeiro.
O Pagador de Promessas (1962) – Primeiro longa nacional indicado ao Oscar de Melhor Filme internacional e único brasileiro a ganhar o prêmio A Palma de Ouro.
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) – Dirigido por Glauber Rocha, o longa é considerado um marco do cinema novo.
Todas as Mulheres do Mundo (1966) – Romance de Domingos Oliveira, estrelado por Leila Diniz. Entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
Terra em Transe (1967) – Dirigido também por Glauber Rocha, o filme está entre os cinco melhores nacionais pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
Macunaíma (1969) – Comédia de Joaquim Pedro de Andrade, que conta a história de ‘Macunaíma’, herói preguiçoso e sem caráter. Com Grande Otelo e Paulo José no elenco.
Dona Flor e seus dois maridos (1976) – Comédia dirigida por Bruno Barreto, que conta a história de um triângulo amoroso entre Dona Flor, Vadinho (falecido marido) e Teodoro (atual).
O Beijo da Mulher Aranha (1986) – Filme de Hector Babenco, que conta a história dos porões da ditadura latino-americana. Com Sônia Braga no elenco.
O Quatrilho (1995) – Indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, o romance é dirigido por Fábio Barreto.
O que é isso, Companheiro? (1998) – Também indicado ao Oscar na Categoria Melhor Filme Internacional, a produção é dirigida por Bruno Barreto.
Central do Brasil (1998) – O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, e Fernanda Montenegro, que interpreta a protagonista, foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Filme dirigido por Walter Salles.
O Auto da Compadecida (2000) – Com direção de Guel Arraes, a comédia conta a história de João Grilo, um sertanejo pobre e mentiroso.
Cidade de Deus (2002) – Foi indicado em quatro categorias ao Oscar de 2004: direção, fotografia, roteiro e montagem. Além disso, ganhou o BAFTA, na categoria Melhor Montagem.
Madame Satã (2002) – Com direção de Karim Aïnouz, o filme franco-brasileiro protagonizado por Lázaro Ramos conta a história de um ícone histórico da cena cultural marginal carioca.
Edifício Master (2002) – Documentário dirigido por Eduardo Coutinho, que registra o cotidiano do Edifício Master, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Carandiru: O Filme (2003) – Produção baseada no livro “Estação Carandiru”, do médico Drauzio Varella, onde ele narra suas experiências com a dura realidade dos presídios brasileiros. Direção de Héctor Babenco.
Cazuza – O Tempo Não Pára (2004) – Cinebiografia dirigida por Sandra Werneck e Walter Carvalho, com o roteiro baseado na vida e carreira do saudoso cantor e compositor Cazuza.
Cidade Baixa (2005) – Dirigido por Sérgio Machado, o longa conta com as performances impecáveis dos atores Lázaro Ramos, Wagner Moura e Alice Braga.
Tatuagem (2013) – No Brasil dos anos 1978, em plena ditadura, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos. Com Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa no elenco, e direção de Hilton Lacerda.
Flores Raras (2013) – Bruno Barreto apresenta a história da poeta americana Elizabeth Bishop e da arquiteta carioca Lota de Macedo Soares. Protagonizado por Gloria Pires e Miranda Otto.
Praia do Futuro (2014) – Com Karim Aïnouz na direção, o longa é protagonizado por Wagner Moura, e foi atacado por conservadores em sua estreia no circuito comercial em 2014.
Que Horas Ela Volta? (2015) – Com direção de Anna Muylaert, o longa traz Regina Casé e Karina Teles no elenco. Filme importante, que fomentou debates e reflexões sobre a diferença de classes no país.
Mãe Só Há Uma (2016) – Também de Anna Muylaert, o filme foca em Pierre, adolescente que está passando por mudanças familiares e questões de identidade de gênero.
Aquarius (2016) – Dirigido por Kleber Mendonça Filho e com Sônia Braga no elenco, o longa apresenta uma jornalista aposentada que defende seu apartamento, onde viveu a vida toda, do assédio de uma construtora que planeja demolir o prédio e construir um grande empreendimento.
Corpo Elétrico (2017) – Com temática LGBTQIAP+, o longa, que tem direção de Marcelo Caetano, fala de diversidade, desejo e vivências, trazendo elenco formado por Kelner Macêdo, Linn da Quebrada, Márcia Pantera e muito mais.
Minha mãe é uma peça 1, 2 e 3 (2013, 2016 e 2019) – Trilogia estrelada pelo saudoso Paulo Gustavo, que interpreta Dona Hermínia, personagem inspirada em sua mãe. Os longas são um marco da bilheteria nacional, quebrando todos os recordes.
Bacurau (2019) – Recente sensação do cinema brasileiro, o filme tem direção da dupla Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho. Ambientado em um futuro próximo, o filme se passa em um pequeno povoado fictício no sertão pernambucano. Um dia, para estranheza dos moradores, o município simplesmente some do mapa.
A Vida Invisível (2019) – Karim Aïnouz nos ambienta no Rio de Janeiro dos anos 1950, as irmãs Guida e Eurídice são cruelmente separadas, impedidas de viver os sonhos que alimentaram juntas ainda adolescentes. Invisíveis em uma sociedade paternalista e conservadora, elas se desdobram para seguir em frente.
Marighella (2021) – Estreia de Wagner Moura na direção, o filme mostra um recorte da história do ativista Carlos Marighella, que lutou contra a ditadura à frente da Ação Libertadora Nacional. No elenco estão Seu Jorge, Adriana Esteves, Humberto Carrão e muitos outros.
Medida Provisória (2022) – Filme que também marca a estreia de Lázaro Ramos na direção, apresenta um futuro distópico onde o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a voltarem para a África, como forma de reparar os tempos de escravidão.