Vídeo | Disputa por cebola em promoção gera tumulto e briga em supermercado
Cena foi registrada em supermercado de Planaltina, no Distrito Federal
A promoção de hortaliças causou um tumulto na inauguração de um supermercado em Planaltina, no Distrito Federal. Um vídeo que circula nas redes mostra uma briga pela disputa por cebola.
“Nossa população desesperada com o preço dos alimentos, a cebola aumentou 10,55%, não dá para substituir. Quem cozinha sabe que a gente usa cebola todo dia!”, escreveu a deputada federal Benedita da Silva ao compartilhar o vídeo. “Imagina se a promoção fosse de cenoura e o tomate, que apresentaram um encarecimento ainda maior, de 195% e 117,49% neste último ano”.
População briga por cebola em um supermercado de Planaltina, no Distrito Federal. A hortaliça estava em promoção em razão da inauguração do local. De acordo com o IBGE, o preço do kg de cebola subiu 10,55% nos últimos 12 meses. Ninguém ficou ferido no episódio do vídeo. pic.twitter.com/0q2AuMiZka
— Renato Souza (@reporterenato) May 2, 2022
A deputada cita ainda outros alimentos que tiveram os preços elevados, como a batata (38,68%), laranja-baía (25,4%), mamão (40,33%). “Culpa do pior desgoverno que já tivemos, incompetente e cruel com o nosso povo. Precisamos livrar o Brasil dos bolsonaristas e seus aliados”, completou.
De acordo com a Pesquisa Comportamento e Economia no Pós-Pandemia, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Instituto FSB de Pesquisa, 95% dos brasileiros têm sentido a alta generalizada de preços nos últimos seis meses.
A pesquisa aponta ainda que a percepção de inflação aumentou 22 pontos percentuais na pesquisa de abril em relação à de novembro passado, quando 73% dos entrevistados afirmaram ter notado os preços mais altos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (27) a alta de 1,73% do IPCA 15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) em abril. Essa foi a maior variação para o mesmo mês em 27 anos — desde 1995 —, quando o índice foi de 1,95%. O resultado também apresenta a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%).